Criador de Brangus terá subsídio para inseminação e ultrassonografia de carcaça
Pequenos e médios criatórios de Brangus do Mato Grosso do Sul poderão solicitar subsídio de até 70% para a realização de inseminação artificial ou utilizar genética superior em seus plantéis. O incentivo deve estender-se também para a realização de ultrassonografia de carcaça dos reprodutores Brangus e, dentro de alguns meses, inclusive, para testes genômicos no rebanho. O projeto é uma parceria entre a Associação Brasileira de Brangus (ABB) e o Sebrae/MS e foi oficializado na noite desta quinta-feira (11/04), durante jantar em Campo Grande (MS) em que a entidade comemorou seus 45 anos de atividade. Para participar do projeto, basta entrar em contato com a ABB, verificar os critérios para participação e realizar inscrição. O diretor superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, frisou que a parceria é uma forma de levar tecnologia ao campo. “Nosso objetivo é levar a melhora genética dos rebanhos para os produtores do Mato Grosso do Sul”.
A assinatura do convênio foi realizada durante o evento que reuniu lideranças, imprensa e associados em noite de festividade no Vermelho Grill na capital sul-mato-grossense. “É um avanço para a raça Brangus porque representa novas potencialidades de crescimento para os próximos anos, principalmente no Brasil Central, uma região de tanto potencial para essa genética que entrega resultados concretos ao produtor rural brasileiro”, pontuou o diretor de marketing da ABB, João Paulo Schneider, durante sua apresentação.
Com a presença do secretário de Desenvolvimento Rogério Beretta, o encontro contou com degustação de carne Brangus produzida pela Fazenda Indaiá, de Paraíso das Águas (MS). O criatório é referência em carne premium na região e tem na Brangus uma opção para qualificar o marmoreio e sabor dos cortes produzidos e ainda acelerar o processo de terminação do gado. “O Brangus entrou no plantel zebuíno quando buscávamos melhorar a qualidade de carne, e veio por meio de maior marmoreio, melhor área de olho de lombo e padronização das carcaças. Nossos animais hoje são abatidos 6 meses mais cedo e têm um padrão de carcaça sempre igual ao ano inteiro. A Brangus consolidou a qualidade de carcaça no Cerrado brasileiro”, argumentou o gestor de Pecuária da Fazenda Indaiá, Paulo Henrique Esteves Estrada. Durante o jantar, os participantes puderam degustar o acalantado Festival do Assador do Vermelho Grill que inclui cortes de assado de tira, bife ancho e acém.
A programação da Associação Brasileira de Brangus ocorreu em paralelo à Expogrande, uma das maiores feiras agropecuárias do país. Durante a tarde, foi realizada a segunda edição do Radar Brangus, evento itinerante que promove troca de ideias entre a entidade e seus associados. Na ocasião, o executivo da ABB, Roberto Grecellé, apresentou os novos projetos da Brangus e ouviu pecuaristas sobre temas relevantes para amplificar a presença da raça no Estado. Uma das constatações, alinhou Grecellé, é a necessidade de fortalecer a argumentação acerca da força que a genética Brangus concede à produção pecuária da região, hoje dominada pelo Nelore. “Não estamos aqui para disputar mercado com o Nelore. Estamos aqui para oferecer uma alternativa de cruzamento lucrativa exatamente para quem trabalha com zebuínos. A Brangus é uma opção ao oferecer touros que trabalham a campo no Cerrado sem a necessidade de inseminação. Isso representa lucro tanto pela valorização dos animais pretos (prova visual de origem) quanto pela precocidade no desfrute da produção”, salientou.
Na foto: João Paulo Schneider, Rogério Beretta, Roberto Grecellé e Cláudio Mendonça (esquerda para direita)
Crédito da foto: Carolina Jardine