A ABB fechou parceria com a Beef, Veal & Lamb para desenvolver um projeto de qualidade da carne.

A Associação Brasileira de Brangus (ABB) fechou parceria com a Beef, Veal & Lamb para desenvolver um projeto de qualidade da carne. O objetivo é fazer um acompanhamento dos animais da raça Brangus para abate, da fazenda ao frigorífico, padronizando o produto final e imprimindo um selo de qualidade à carne Brangus. “É a primeira vez que a marca da carne começa a ser vistoriada desde o campo até o produto final. Nossa intenção é fortalecer e propagar as vantagens da carne Brangus, considerada uma das mais macias e saborosas do mundo”, comenta o presidente da ABB, Marcos Lemos Meirelles.

O coordenador do projeto e também diretor da Beef, Veal & Lamb, Roberto Barcellos, explica que é preciso padronizar o sistema de produção das fazendas para obter um resultado garantido. “Teremos a parceria com um frigorífico, que fará a compra dos animais selecionados pelo programa, possibilitando até travar preços futuros, boi a termo ou hedge (instrumento que visa proteger operações financeiras do risco de grandes variações de preço em um determinado ativo), na BM&F (Bolsa de Mercados e Futuros). Definiremos padrões de idade de abate, grau sanguíneo e acabamento de carcaça. Os animais que responderem aos requisitos pré-estabelecidos receberão um brinco do programa de carne Brangus e serão acompanhados até o abate. Lá passarão técnicos do programa, que garantirão que a carne dos animais do programa sejam embaladas e seladas com a marca do programa. O processo agregará valor ao produto final e será um bom negócio tanto para os pecuaristas, como para o frigorífico”, esclarece Barcellos.

O programa será dividido em duas fases. Na primeira, porteira a dentro, será realizado o cadastramento das fazendas. Em seguida a solicitação de inspeção das propriedades, a inspeção, a certificação dos animais aptos e a programação de abate, que será feita de forma trimestral. A empresa vai disponibilizar alternativas nutricionais aos participantes para garantir o melhor resultado. Para receberem o “plus” pago pelo frigorífico, os participantes terão que se adequar aos padrões pré-definidos pela coordenação do programa.

A segunda etapa, no frigorífico, terá início com a escala de abates, firmada pelo próprio abatedouro. Na seqüência será realizado o cadastramento de animais, o acompanhamento de abate, a desossa e embalagem. Todas as fases do programa serão acompanhadas por técnicos e auditores, com o objetivo de garantir o selo nos animais certificados.