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Ajuste na Pecuária do Mato Grosso

A pecuária mato grossense continua tentando atestar que a devastação das áreas florestais do estado não se devem somente à atividade. Em junho deste ano o Ministério Público Federal (MPF) instalou uma investigação para apurar quem (indústrias ou criadores) tinha contribuido com a devastação amazônica e prometeu que seria rápido; porém nada ainda foi revelado.

Na quinta-feira passada ocorreu a primeira rodada de negociações entre criadodes, indútrias e o Ministério Público com o intuito de se chegar a um acordo para estacionar a derrubada da floresta, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Entretanto, não houve consenso e a próxima rodada de negociações não tem data definida.

Estiveram presentes representantes de empresas como JBS, Friboi e Frialto. O procurador da república Mário Lúcio de Avelar disse que vai convocar representantes do comércio varejista de carne para que estes atestem não adquirir carne de empresas irregulares.

O estado tenta se adequar antes que denúncias sejam efetuadas como ocorreu no Pará.

Para o diretor da Assiciação de Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Vicente Falcão, há sérios problemas estruturais: "quando o Ibama embarga a área, é a área que tem que ser embargada, mas a notificação ocorre pelo CPF ou CNPJ do produtor. Isso faz com que todas as atividades do produtor fiquem ilegais." Esta medida impede linhas de financiamento, por exemplo.

Ele ainda discute a "auditoria ambiental" em que é uma firma tercerizada a responsável pela fiscalização do cumprimento do TAC. "O Estado tem que fazer a sua parte" diz o diretor.

O Mato Grosso tem 26 milhões de cabeças de gado, o maior rebanho do país e é por isso que o procurador Mário Avelar quer "ajustar as condições para que a cadeia tenha o mínimo de sustentabilidade".

Fonte: Valor Econômico