ANDRÉ DE SOUZA AMADUCCI – CRIADOR DA SEMANA
Pecuarista apostou na raça Brangus e hoje vê resultados em alianças da carne, no Paraná
Sócio número 414, André de Souza Amaducci se filiou à Associação Brasileira de Brangus em 2000, quando começou a criar animais da raça. Pecuarista e um dos proprietários da Fazenda Alto Alegre, em Iporã, no Paraná (o negócio é em sociedade com os irmãos Donato e Ney) desde 1972, hoje se considera um criador convicto sobre as qualidades do Brangus. Participa de julgamentos da raça desde 2004, obtendo resultados significativos, como o touro Grande Campeão de Rio Verde (GO), em 2004; duas vezes reservado grande campeão, no mesmo ano, em Londrina e Dourados; trio reservado Grande Campeã em Umuarama, no ano de 2005; trio rústico Grande Campeão e melhor macho rústico, em Araçatuba, 2006; além de dois machos Grande Campeões em Dourados e Londrina 2007. Para Amaducci, o bom criador é aquele que escuta opiniões, visita outros criadores e apresenta resultados. Para conhecer um pouco mais sobre André Amaducci, leia a entrevista do nosso CRIADOR DA SEMANA.
Associação Brasileira de Brangus - Por que fez esta escolha? Que vantagens vê na raça em relação a outras?
André Amaducci – A escolha da raça foi devido a minha necessidade de ter uma matriz com grande habilidade materna, que na hora de descarte tivesse precocidade em acabamento, e que me daria um bezerro para que eu desmamasse, e em seguida iria direto para o confinamento, visando um produto com cobertura precoce e maciez de carne. Para isso, um amigo, que hoje mora no Texas, Cláudio Crespo, me indicou o criador Augusto Caldeirão, que me introduziu na raça.
ABB – Há mais de um ano, você faz parte de projetos de aliança da carne em Umuarama. Como a raça Brangus se insere nesses projetos?
Amaducci – O Paraná, atualmente, possui em torno de 11 cooperativas de carne de novilhos precoce. Segundo os dados coletados por elas, as carnes de procedência Brangus e Angus são as que mais têm mantido o padrão exigido pelos compradores. E como a maioria dos produtores tem novilhos de varias raças, o Brangus tem levado vantagem na precocidade de acabamento final.
ABB – Como representante do Paraná, como está a comercialização da raça no estado?
Amaducci – A raça Brangus no Paraná está em alta nas cooperativas de carne e nos grupos de terminadores a pasto, como nos produtores de bezerros. Tanto que produtos da cruza Brangus tem alcançado os maiores índices de preços nos leilões de Umuarama (noroeste do estado) e região. Nós, da BRANGUS ARCANJO, e Joaquim Martins, da REDE DE SUPERMERCADOS PLANALTO, vendemos desmama macho no preço R$ 4,00 o quilo vivo e fêmeas no preço R$ 3,80 kg vivo.
ABB – Acredita que este é um bom momento para quem pretende começar?
Amaducci – Sim, tanto que no Paraná existem vários pecuaristas adquirindo touros como Matrizes 3/8.
ABB - E para aqueles que já estão no mercado há algum tempo, como é o seu caso, o investimento tem se mostrado com retorno satisfatório?
Amaducci – Bastante satisfatório. Estou vendendo meus produtos hoje (início de julho) a R$ 4,00 o quilo.
ABB – Na hora de negociar seu produto com o frigorífico, ser proveniente de cruzamento industrial facilita ou dificulta o comércio? Isso sempre foi realidade?
Amaducci – Hoje facilita muito, devido aos próprios frigoríficos estarem querendo produtos terminados até os 24 meses de idade.
ABB – Em relação à genética, qual a importância de trabalhos de melhoramento no rebanho Brangus?
Amaducci - O melhoramento genético no rebanho Brangus seria uma única CERTIFICADORA DE DEPS.
ABB – Existe algum reprodutor em centrais de embriões?
Amaducci – Arcanjo 5039, o “Barão”, na ABS Pecplan.
ABB – Para obter sucesso com a raça, qual o segredo?
Amaducci – É a soma de escutar as opiniões dos técnicos e criadores tradicionais, visitar e adquirir produtos de ponta dos criadores e apresentar os resultados, tanto em exposições, como em eventos técnicos, leilões, entre outros.