Animais Verdadeiramente Superiores
Os sistemas de produção no Brasil são heterogêneos.
O índice da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (AS BIA ) de 2011 apresenta apenas os dados das empresas associadas a esta entidade. Porém, segundo divulgação, este índice representa 90% dos números da inseminação artificial no Brasil, incluindo todas as raças. Vale ressaltar que a CORT Genética Brasil não faz parte deste índice, pois é especializada em apenas quatro raças de carne: duas europeias (Angus e Hereford) e duas sintéticas (Brangus e Braford). Gastamos nosso tempo e nosso dinheiro trabalhando e desenvolvendo uma raça para produzir a campo: programas de melhoramento genético em nosso sistema de produção; testes de ganho de peso a campo; treinamento e reciclagem da equipe técnica constante; exposições regionais, nacionais e internacionais; ranking dos criadores; programas de qualidade da carne; estimulamos os produtores a criar a raça e participar de todos os programas que acreditamos serem os melhores para alavancar a produtividade; e marketing nacional e internacional disto tudo. Finalmente, conquistamos a posição de ser o maior exportador de carne do mundo e o maior importador de genética do planeta, segundo o índice da ASBIA 2011. Os sistemas de produção no Brasil são heterogêneos. Temos campo nativo, campo melhorado, pastagens artificiais, suplementação e confinamentos. Sem falar da variação de clima entre as diferentes regiões. Mas sempre prevalecendo o clima subtropical e tropical. Daí vem a necessidade da interação genótipo-ambiente, ou seja, Genética Adaptada e Funcional, pois a precisão na escolha da melhor genética nos fará “errar menos” identificando os melhores animais naquele ambiente. A Associação que entender isso irá promover o melhor trabalho para seus sócios e clientes de genética. Grandes mudanças climáticas estão ocorrendo e elas irão se intensificar nos próximos anos. Devemos nos antecipar e estrategicamente corrigir o rumo do nosso trabalho de seleção, o mais rápido possível. Modelos novos de avaliações genéticas em diferentes ambientes estão sendo desenvolvidos e os “super touros” surgirão. Mas a que custo? A busca de novos modelos de avaliação genética é em virtude da comprovação de que o ranking genético dos melhores touros nos programas tradicionais não traduz necessariamente a realidade nos diferentes ambientes. Será que não é mais rápido, simples, barato e “inteligente” identificarmos estes reprodutores através das DEPs, CDPs e Marcadores Moleculares em nosso próprio ambiente e multiplicá-los fazendo, assim, a verdadeira Genética Nacional? A seleção genômica é um consenso mundial na Comunidade Científica acelerando com precisão o melhoramento genético. Já estamos aplicando esta ferramenta em nosso trabalho desde 2008 e podemos comprovar esta realidade. Talvez seja um sonho, mas não custa sonhar. Quem sabe um dia o Brasil possa ser, além do maior exportador de carne do mundo, também o maior exportador de genética? Para isso, teremos que nos esforçar um pouco mais e fazer o dever de casa, acreditando mais em nosso próprio trabalho.