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Bloqueio nas estradas prejudica todos os segmentos da pecuária na última semana

A paralisação dos caminhoneiros prejudicou a comercialização da carne suína, carne bovina e dos ovos na última semana. Os bloqueios impediram a chegada da ração nas granjas, afetando diretamente a pecuária.
Suínos
As cotações do suíno vivo permaneceram estáveis durante a semana passada, segundo levantamento da Scot Consultoria, a arroba do animal terminado ficou cotada em R$ 68,00 nas granjas paulistas.
Nos últimos dias, devido à paralisação dos caminhoneiros, o ambiente ficou menos concorrido em se tratando de produtos advindos de fora do Estado, o que provocou discreta melhora em alguns negócios. A média parcial de preços de fevereiro está 19,8% menor que a média de janeiro último. Apesar da manutenção dos preços do suíno nos últimos sete dias, as cotações do milho voltaram a subir.
No atacado, a greve dos caminhoneiros gerou consequências em termos de disponibilidade. Com isso, as indústrias ajustaram os preços. A carcaça especial foi negociada por R$ 5,50 o quilo, alta semanal de 5,8%.
Ovos
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), além de impedir a chegada de ração nas granjas, a manifestação dificultou o escoamento dos ovos. Segundo o Cepea, os preços chegaram a se enfraquecer nos últimos dias, interrompendo as seguidas valorizações registradas desde meados de janeiro.
Com a dificuldade de escoar a produção de ovos, agentes consultados pelo Cepea relataram uma pequena "concentração" da oferta em algumas regiões produtoras, o que fez com que os preços diários caíssem.
Carne com osso
Em Mato Grosso a greve dos caminhoneiros tem afetado tanto a compra de boiadas, como a distribuição de carne. Diversas indústrias diminuíram o volume de abates. A dificuldade em trazer a carne produzida em outros Estados afetou a disponibilidade em São Paulo. Com isso, houve valorização de todas as peças provenientes de machos no mercado atacadista de carne com osso.
O boi casado de animais inteiros tem sido negociado por R$ 8,51 o quilo, alta de 3,0% em relação à última cotação. Caso a greve termine em curto prazo, é possível que haja aumento importante da oferta desta carne estocada, o que pode pressionar as cotações.


Fonte: Canal Rural