Boi: Bezerro, arroba e carne são negociados em patamares recordes nominais
Os preços do bezerro, da arroba do boi gordo e da carne têm subido no mercado brasileiro, atingindo novos patamares recordes nominais, segundo dados do Cepea. Para o bezerro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) acumula forte alta de 11,51% na parcial deste ano (até o dia 19), fechando a R$ 979,05 nessa quarta-feira, 19. Esse é o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2000.
Em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de fevereiro/14), a média da parcial de março, de R$ 922,76, é a maior desde junho de 2010, quando o preço real foi de R$ 925,25. No mercado de boi gordo, com seguidos recordes nominais, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) acumula alta de 10,03% neste ano, encerrando essa quarta-feira a R$ 126,28, também o maior, em termos nominais, da série histórica do Cepea, iniciada, neste caso, em 1997 (CDI).
A elevação no preço em 2014, inclusive, é uma das maiores registradas para o período, considerando-se toda a série, atrás somente da verificada em igual intervalo de 1999, quando o Indicador subiu 11,3%. Em termos reais, a média parcial do Indicador do boi de março, de R$ 123,14 é a mais alta desde dezembro de 2010, quando foi de R$ 124,33. No mercado atacadista de carne com osso, a carcaça casada bovina negociada na Grande São Paulo se valorizou 6,05% neste ano, cotada a R$ 8,24/kg nessa quarta-feira - o maior patamar nominal de toda a série histórica do Cepea para este produto (iniciada em 2001) foi observada nessa terça-feira, 18, de R$ 8,32/kg.
Em termos reais, a média de março, de R$ 8,13/kg, é a maior desde novembro de 2010, que foi de R$ 8,57/kg. Segundo pesquisadores do Cepea, as fortes altas registradas ao longo dos últimos meses decorrem da oferta restrita, resultado da dificuldade para recuperação das pastagens, em decorrência da seca, e consequente engorda dos animais.
Fonte: Cepea/Esalq