Brasil diversifica exportações para a Turquia
A partir de agora, país pode embarcar, além de animais para engorda, bovinos destinados ao abate
Nesta segunda-feira, 29, Brasil e Turquia concluíram a negociação para o estabelecimento de protocolo sanitário específico para exportação de bovinos destinados ao abate imediato. Até o final do ano, a expectativa é embarcar 100 mil cabeças nessas condições.
O acordo é resultado de negociações entre o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e as autoridades veterinárias turcas.
Segundo o Mapa, o protocolo é vantajoso para ambas as partes, porque exigirá um número menor de exames, além de reduzir o período de quarentena - o que diminui custos de produção. Outra vantagem é a tendência das exportações somarem maior valor agregado, dado que os animais embarcados deverão ser machos “terminados” com peso superior a 450 quilos.
O próximo passo agora é ampliar ainda mais o hall de produtos exportados. “O DSA está promovendo gestões junto ao Serviço Veterinário Turco para que o Brasil possa exportar produtos como embriões, sêmen e carne bovina”, diz Guilherme Marques, diretor do DSA.
Acordo para venda de gado de engorda - O acordo firmado no ano passado possibilitou ao Brasil retomar, em 2016, as exportações de bovinos para o mercado turco. De janeiro a junho deste ano, o país embarcou 86.005 cabeças para a Turquia, avaliadas em cerca de US$ 50 milhões.
O fechamento do acordo em 2015 foi comemorado pelo segmento exportador de gado, já que permitiu compensar as enormes perdas em decorrência da crise econômica Venezuela. Até o fim de 2014, o mercado venezuelano era o principal parceiro comercial do Brasil na compra de gado vivo, chegando a representar mais de 90% do total volume das exportações brasileiras.
A partir deste ano, a Turquia se consolidou como principal cliente brasileiro, tendo sido responsável pela importação de 61,8% dos bovinos exportados.
Fonte: Mapa