Brasil pode perder sua vantagem de país exportador à Rússia
Brasil pode perder sua vantagem de país exportador à Rússia se preços de carnes não caírem, diz oficial. O Brasil pode perder sua vantagem de país exportador à Rússia se os preços de seus produtos de carne não descerem em breve, disse Sergey Dankvert, chefe da autoridade russa de inspeção veterinária, o Rosselkhoznadzor.
"O Brasil precisa reduzir os preços de seus produtos de carne, porque o mercado russo também é de interesse aos grandes fornecedores como a Índia e China, os quais poderiam tornar-se sérios concorrentes para a carne brasileira", disse Dankvert esta semana a agências de notícias russas.
Dankvert também reclamou a secretária do Brasil para as relações internacionais no agronegócio, Marcelo Ferraz, sobre os atrasos em curso para a Rússia receber os produtos de muitos processadores brasileiros aprovados para a exportação em agosto.
Desde então, os embarques brasileiros de carne bovina para a Rússia resultaram em ganhos mínimos, o que Dankvert tem atribuído às políticas de fornecedores brasileiros, e em parte aos atrasos de alguns processadores em assinar contratos de preços com importadores russos.
Em contraste com a carne bovina, as importações de carne de frango brasileira da Rússia aumentaram 2,5 vezes em setembro de agosto, saltando de 8 mil toneladas para 20 mil toneladas no mês passado.
A Rússia continua a ser interessada em importações de carne bovina e suína, especialmente de um grande fornecedor como o Brasil, porque esses segmentos do mercado russo estão sofrendo as maiores carências. No entanto, o Rosselkhoznadzor proibiu um total de 54 toneladas de embarques de carne bovina e de frango do Brasil em setembro, devido a violações de normas veterinárias do país.
A proibição destes embarques em setembro pode se dever à presença da ractopamina, que a Rússia teria encontrado em embarques brasileiros das proteínas várias vezes ao longo dos últimos anos.
O Brasil já é o maior fornecedor de carne suína e bovina para a Rússia. O potencial para aumentos de preços em ambos os segmentos de proteína no Brasil é forte pela disponibilidade limitada do produto durante o resto do ano.
Fonte: Carnetec