Carne brasileira rumo aos EUA
Os Estados Unidos devem reconhecer, até o fim deste mês, 14 Estados brasileiros como livres da febre aftosa e, com isso, habilitá- los como exportadores de carne bovina in natura. Os EUA mantêm uma consulta pública em andamento até o dia 22 de abril, quando o Brasil deve ser habilitado como exportador. A informação foi dada pelo secretário de Relações Internacionais do agronegócio, Marcelo Ferraz, do Ministério da Agricultura. A liberação vai autorizar o Brasil a participar da cota de 65 mil toneladas anuais do produto, liberadas pelo governo americano a "outros países". Atualmente, Nova Zelândia (200 mil toneladas) e Austrália (400 mil toneladas) são os principais fornecedores de carne bovina aos americanos.
"A gente acredita firmemente que a análise de risco feita pelo governo americano é sólida, muito bem elaborada. Tivemos oportunidade de ler e concordamos integralmente com os técnicos. Dentre outros aspectos, eles reconhecem o serviço veterinário brasileiro como robusto e estruturado para que possam fazer o acompanhamento da produção e do processamento de carne, que aliás se faz há muito tempo", disse Ferraz.
Os Estados Unidos atualmente importam apenas carne industrializada do Brasil. A carne in natura (resfriada e congelada) é rejeitada por causa do risco de febre aftosa. Em dezembro, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) passou a avaliar a produção brasileira para decidir se o País poderia ser habilitado como exportador. Embora seja um dos maiores produtores globais de carne bovina, a importação americana é, em média, de 1 milhão de toneladas por ano.
Fonte: O Estado de São Paulo