Carnes para o Irã devem ter tratamento especial

Principal exportador de carne de boi e frango para o Irã, o Brasil se submete às rígidas exigências por parte das autoridades religiosas e políticas iranianas.


Todo o processo de criação, produção e abate deve ser halal (palavra árabe que significa permitido, autorizado), ou seja, obedecer aos princípios muçulmanos.


Os muçulmanos só compram a carne que obtém um certificado específico autorizado pelas autoridades religiosas e submetido à sua fiscalização. Essa fiscalização é feita por fiscais e veterinários muçulmanos que acompanham a produção e o abate dos animais. Há uma forma própria para matar o boi e a vaca que servirão de alimento aos muçulmanos.

Tanto no caso do boi quanto do frango, o peito do animal deve estar voltado para a direção de Meca (a cidade sagrada dos muçulmanos).


Em seguida, no caso do frango, a degola deve ser manual, tendo com alvos as jugulares e as traquéias da ave. Também no caso do boi, o corte deve ser sobre as traquéias e as jugulares.


O objetivo, segundo especialistas, é sangrar o animal, eliminando as toxinas existentes no sangue e outras impurezas.


O resultado é uma carne muito mais tenra, saborosa e de qualidade superior, afirmou o diretor executivo da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, Mohamed Hussein El Zoghbi, reponsável pela fiscalização dos frigoríficos que exportam carne para as nações muçulmanas.


Da comitiva de 86 empresários, liderada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que está no Irã, boa parte é formada por representantes dos setores de produção de aves e bois. O objetivo é intensificar o comércio bilateral entre os dois países. De Teerã, a missão segue para Bagdá, no Egito.

 

O Minerva, frigorífico brasileiro que tem sede em Barretos, município do interior de São Paulo, vem investindo no desenvolvimento das vendas para os países árabes.

A empresa tem um escritório na Argélia, que dá suporte ao mercado do Maghreb, e outro no Líbano, que é responsável pelo Golfo Arábico e a Jordânia. Além disso, um terço da produção do Minerva é halal. Ou seja, a carne é preparada de acordo com as regras muçulmanas.  

"Temos uma participação grande neste mercado, nossa evolução nesta região é grande e o Brasil tem uma imagem positiva nos países árabes", diz o diretor presidente da companhia, Fernando Galletti de Queiroz.

 Fonte: Agência Brasil

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