China não reconhece área livre de aftosa no Brasil

Assis Moreira 

Pequim deixou claro nessa quarta-feira (27-06) que não segue os padrões da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) para a doença no Brasil e nem o princípio de regionalização para a aftosa. Ante à queixa do país no Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Comite SPS), da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as restrições à carne brasileira, a China deu respostas julgadas "insatisfatórias". 

A "preocupação comercial específica" apresentada contra Pequim aponta prejuízos às exportações porque o país não reconhece o princípio de regionalização sanitária previsto na OIE. A resposta da China foi que continua a "avaliar" as informações dadas pelo Brasil - enviadas no começo do ano. O país respondeu ainda que não reconhece padrões da OIE e nem o princípio da regionalização. 

Agora, a proibição chinesa à carne brasileira entrou na agenda do Comitê SPS. Mas dificilmente irá para uma disputa diante dos juízes. O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, e exportadores temem que uma briga com a China possa fechar de vez esse mercado. 

O Brasil reclamou também de restrições da Coréia do Sul. O país alega que enviou questionário para o Brasil, para depois examinar a demanda de reconhecimento de área livre de aftosa. Ocorre, segundo os brasileiros, que o questionário é para exportação de carne enlatada, e o Brasil quer exportar carne in natura.

Fonte: www.mnp.org.br

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