Mais união em torno de um objetivo comum: sanidade e padrão de produção, ações  que visam melhor remuneração aos produtores rurais brasileiros. Este foi o foco da reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina de São Paulo, realizada na sede da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp), na capital paulista.

Entre os assuntos debatidos no encontro, o principal foco foram as questões sanitárias, como o programa São Paulo Sanidade Risco Zero. Na ocasião, os membros da secretaria estadual presentes à reunião ressaltaram os esforços do órgão para aumentar a eficiência da produção paulista. Entre as novidades apresentadas pela secretaria, a Guia de Transporte Animal (GTA), hoje emitida em apenas 240 municípios do Estado, poderá ser feita via internet a partir de 2008. Assim, os produtores não terão mais a necessidade de se deslocar até as localidades emissoras da guia.

Ainda durante a reunião, os membros da cadeia foram informados de que, entre 10 e 14 de setembro, uma missão de técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) será enviada a São Paulo para intensificar a fiscalização nas instalações das propriedades, verificando condições de controle sanitário, em especial, relacionadas à aftosa. 

Outro ponto discutido foi a padronização da produção da carne bovina e a confiabilidade no produto final. Entre as ações, está a possível adoção de um selo de procedência como o adotado na cafeicultura, uma alternativa para aumentar a confiança e a fidelização do consumidor em relação à carne brasileira.

A reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina do Estado de São Paulo contou com a presença dos vários elos da cadeia produtiva da carne, de entidades e representações regionais a sindicatos ligados à produção e comercialização do produto, como a Associação Paulista dos Supermercados (Apas) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

O encontro contou ainda com uma representação da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS). Na ocasião, a entidade defendeu igualdade de condições entre os estados brasileiros, especialmente em questões fiscais. Segundo a entidade, o País precisa de uma legislação única, em busca de um padrão homogêneo de produção. A presença de um representante da APCS ainda estimulou as discussões em torno da integração das cadeias produtivas da carne. Entre as idéias discutidas, a criação de um Fundo Indenizatório em comum.

Também estiveram presentes na reunião, o presidente da Câmara Setorial da Carne Bovina, Constantino Ajimasto Jr. – também presidente da Associação Brasileira do Novilho Precoce (ABNP) -, o Coordenador da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, José Cassiano Gomes dos Reis Junior, e Oscar Norio Yasuda, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária paulista.

"O resultado desta reunião foi extremamente positivo. A presença de tantas representações, inclusive de outras cadeias, como a de suínos, demonstra que estamos cada vez mais unidos em torno do fortalecimento da pecuária nacional. O consumidor está cada vez mais exigente o que torna imprescindível adotar um método produtivo de acordo com as Boas Práticas de Produção", destaca Ajimasto Jr.

Mais informações: novilhoprecoce@terra.com.br.