Confirmado foco de febre aftosa no Paraguai

Em Mato Grosso do Sul, Estado que faz fronteira com o Paraguai, medidas preventivas já foram adotadas

Luiz Patroni | Cuiabá (MT)

A confirmação do foco de febre aftosa no Paraguai gerou apreensão para pecuaristas brasileiros. Em Mato Grosso, onde há 15 anos não são registrados casos da doença, o setor reforça a cobrança por uma política única de erradicação da aftosa no continente Sul-Americano. Já em Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com o Paraguai, medidas preventivas foram adotadas.

No Estado responsável pelo maior rebanho bovino do país, a classe produtora reagiu com preocupação à notícia sobre o foco de febre aftosa registrado no Paraguai. Para a Associação dos Criadores de Mato-Grosso (Acrimat), a constante preocupação com a sanidade animal nas faixas de fronteira, tanto com o Paraguai quanto com a Bolívia, reforça a necessidade de que o combate à aftosa passe a ser feito em uma esfera maior. Segundo a entidade, é preciso desenvolver um trabalho conjunto, que envolva todos os países da América do Sul.

Apesar da distância de 130 quilômetros entre o departamento de San Pedro - onde o foco foi confirmado - e a fronteira com o Brasil, em Mato Grosso do Sul, o setor também ficou em alerta.

A secretária de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Correa da Costa Dias, ressaltou que não há motivos para pânico, mas sim para precaução. Por isso, o Estado colocou em prática algumas medidas do plano de contingência de febre aftosa. 15 postos sanitários foram reativados na faixa de fronteira, onde patrulhas volantes voltaram a transitar.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Francisco Maia, destacou que todos os procedimentos para manter o rebanho livre da doença, como a vacinação, por exemplo, são adotados com rigor pelos pecuaristas sul-mato-grossenses, o que de certa forma, tranquiliza o setor.

Em 2005, Mato Grosso do Sul enfrentou um dos piores momentos da história da pecuária local. A confirmação de vários focos de febre aftosa no sul do Estado, em outubro daquele ano, provocou a interdição de quase 1,3 mil propriedades e o sacrifício de mais de 34 mil animais. Além disso, na época, mais de 50 países fecharam as portas para a carne bovina do Estado, gerando prejuízos que - apenas em Mato Grosso do Sul - passaram de R$ 1 bilhão.

FONTE: CANAL RURAL

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