Consumidor Ainda Não Compra Carnes Especiais
O fim de ano é a época de maior consumo de carnes especiais, como a de novilho, procurada, principalmente, pela maciez e sabor. Apesar das festas de Natal e Ano Novo estarem próximas, o consumidor ainda não saiu às compras desses cortes diferenciados, tradicionalmente mais caros. “A demanda por corte de traseiro é elástica. Para cada 10% no aumento da renda da população registramos um crescimento de 5% no consumo desse tipo de carne, mas neste ano percebemos que ainda não houve um aumento expressivo no consumo desse tipo de corte, que já começa no mês de novembro”, explica Alex Santos Lopes da Silva, zootecnista da Scot Consultoria.
O termo “novilho” é usado para animais jovens, com idade entre 24 e 36 meses. Por questões mercadológicas utilizadas pelos frigoríficos, o animal tem uma época específica para o abate.
Para o criador, a criação de novilhos representa a melhoria da qualidade da carne, o aumento do desfrute do rebanho, o aumento da produtividade, a melhoria da eficiência do empreendimento, maior giro de capital e a liberação das pastagens mais cedo para outras atividades. Além disso, em algumas regiões, é possível o recebimento de incentivos fiscais, como ocorre no Mato Grosso do Sul, com a redução de até 67% no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
“São carnes mais padronizadas, com gordura regular por toda peça de carne, e é um mercado que normalmente cresce no final do ano, quando os consumidores recebem bonificações das empresas, como o 13º salário”, comenta Silva.
Fonte: www.noticiasagricolas.com.br