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Coreia do Sul Busca Abrir Mercado Da Carne

A Coreia do Sul "não vai e não pode aceitar" qualquer pedido por parte do governo dos E.U.A. para rever o acordo bilateral de livre comércio assinado em Junho de 2007. "Qualquer tipo de revisão por meio negociações adicionais para o negócio já fechado não é possível", disse um funcionário do Ministério do Comércio ao jornal The Korea Herald, na condição de anonimato porque não está autorizado a falar com a imprensa. 

O mesmo funcionário disse que a Coreia do Sul deve fazer mais esforços para continuar a abrir os seus mercados de automóveis e carne bovina. Nós também estamos olhando para preocupações com relação à carne e medidas não-tarifárias de forma mais ampla para ver como eles podem ser abordados de forma mais eficaz ", disse. Seus comentários vêm antes da visita de Obama à Ásia este mês, durante o qual ele deve se reunir com o presidente sul-coreano Lee Myung-bak.

As indústrias americanas de automóveis e carne têm sido particularmente sensíveis e resistentes ao acordo comercial, classificando-o  como "injusto e desequilibrado". Suh Jin-kyo, um economista do Instituto Coreano de Política Econômica Internacional, disse que as questões acima mencionadas são sobretudo de carácter nacional, em vez de bilaterais. 

"A fraqueza dos setores automobilístico e de carne americanos é um desafio que precisa ser resolvido primeiro no país,de modo que os E.U.A. deveriam pensar em medidas para revitalizar estes setores da economia", disse Suh para o The Korea Herald.

Enquanto isso:

Uma missão coreana está no Brasil avaliando a possibilidade de importar carne suína in natura de Santa Catarina e carne bovina termoprocessada de todo o país. A comitiva de técnicos da Coreia do Sul chegou ao Brasil na quarta-feira passada. 

Eles vão verificar as condições sanitárias e o serviço veterinário oficial no país. Os técnicos ficarão até o próximo dia 14. O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, prevê que na segunda quinzena deste mês a Coreia do Sul tome uma decisão sobre a importação. 

- Estamos em negociação ainda, e acredito que uma resposta só será dada depois que os técnicos passarem as avaliações sobre o Brasil aos governantes locais, quando já estiverem em seu país - diz Kroetz. 

O secretário afirma que ainda não foi definido a quem caberá a habilitação das plantas dos possíveis frigoríficos que participarão dos negócios: se ao Brasil ou à Coreia do Sul. 

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) avalia como positiva, do ponto de vista estratégico, a possível concretização do negócio.


Fonte: www.meatinternational.com / Abiec