Escassez de oferta e preços do boi em alta caracterizaram mercado

O mês de outubro pode ser caracterizado pela intensidade do movimento de alta da carne bovina e também do boi gordo no mercado interno. Esse movimento de alta é produto do quadro de escassez de oferta que se abate sobre o mercado brasileiro durante o segundo semestre.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, não há indícios de alterações desse panorama no curto prazo, uma vez que a engorda segue prejudicada pela estiagem que afetou duramente as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Com isso, é aguardada a continuidade do movimento de alta.
Semana a semana novos recordes de preço são estabelecidos, na última semana de outubro a média de R$ 140, livre à vista foi alcançada no interior de São Paulo.
Os frigoríficos iniciaram a semana apresentando abates irregulares. Operando abaixo da capacidade, ou seja, na tentativa de amenizar o quadro de restrição de oferta, os frigoríficos reduzem a capacidade de abate diário na tentativa de uniformizar a programação semanal.
Essa estratégia não é adotada apenas pelos frigoríficos de menor porte. Até mesmo os frigoríficos de maior porte se veem obrigados a mudar sensivelmente sua carga de abates, em uma clara tentativa de amenizar o quadro de escassez de oferta. Nem mesmo o comportamento agressivo dos frigoríficos na compra de gado tem ajudado - sinal que realmente há um quadro de oferta limitado.
 A média semanal de preços (de 3 a 6 de novembro) em São Paulo foi de R$ 142,25. Em Mato Grosso do Sul, preço ficou em R$ 136,11. Em Minas Gerais, a arroba esteve em R$ 136,16. Em Goiás, a arroba esteve inalterada, a R$ 136,00. Em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 124,16.

Fonte: Safras & Mercado

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