Exportações Brasileiras De Gado Em Pé Aumentarão
Segundo o USDA, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, as exportações de gado em pé do Brasil devem aumentar 20% em 2010, totalizando 620.000 cabeças. Este será um crescimento dez vezes maior do que a média mundial com uma projeção de crescer apenas 2% no próximo ano.
O Brasil vai se beneficiar do aquecimento do mercado com aumento do consumo pós-crise e das dificuldades enfrentadas por outros países no setor pecuário como a Argentina onde as projeções para 2010 são de que haverá falta de carne. No próximo ano, o país teria entre 3 milhões e 4 milhões a menos de novilhos, como consequência da seca e do conflito entre o setor agropecuário e o governo que levaram os produtores a sacrificar fêmeas. A conta indica um déficit de carne bovina da ordem de 600 mil toneladas, o que levaria o consumo per capita dos atuais 73,2 quilos para um volume entre 61,2 a 58,2 quilos. A tendência na Argentina é a suspensão de qualquer tipo de exportação no setor de carnes. A Austrália é outro exemplo de país que não conseguirá aumentar as exportações de gado em pé.
A representatividade do Brasil nas exportaçãoes de gado em pé subiram rapidamente desde 2002 quando não se exportava nada até 2010 quando passaremos a responder por 14% das exportações mundiais de gado em pé.
Ficarão na frente do Brasil Canadá (1.200 mil cabeças), México (1000 mil cabeças) e Austrália (910 mil cabeças); sendo que só esta tem a possibilidade de exportar via oceano.
Hoje os embarques do Brasil se destinam quase que exclusivamente ao Líbano e à Venezuela. Também devemos ressaltar que o estado brasileiro que mais exporta gado em pé é o Pará. O estado detém 97% desse mercado e por isso experimenta hoje um valor de arroba alto como nunca antes visto no local. Os dados são comemorados pela Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (Abeg), que de janeiro a abril de 2009, registrou uma movimentação de US$ 266 milhões de dólares no comércio do boi vivo. 'O mais interessante é que esse crescimento começa a gerar, em torno da atividade exportadora, um mercado paralelo que sustenta o gado e seu transporte, como as indústrias que produzem feno e ração. Isso representa ainda mais renda e emprego para o Estado', afirma o presidente da Abeg, Daniel Freire.
A USDA ainda acredita num aumento similar (20%) das exportações de carne bovina brasileira. Otávio Cançado, Diretor executivo da ABIEC (Associação Brasileira de Indútrias Exportadoras de Carne) afima que acredita no aumento e está otimista, porém não pode garantir que o aumento seja realmente de 20% e lembra que mesmo assim estaremos apenas voltando ao que éramos em 2008, antes da crise mundial.
Fonte: Scot Cosultoria / Assessoria Brangus