Exportações de carne do Paraguai registram alta de 7,63% em janeiro
As exportações de carne bovina do Paraguai cresceram 7,63% em janeiro de 2015 se comparadas ao mesmo período do ano anterior, informou nesta quinta-feira o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa). Foram 14,8 mil toneladas do produto embarcadas no período, segundo a Senacsa, com um valor total de US$ 66 milhões de dólares, consolidando o país como o sexto principal exportador de carne bovina do mundo, após readquirir o status de país livre da febre aftosa com vacinação em dezembro de 2013.
Enquanto isso, o Brasil registrou uma queda de 26% em volume de exportações em janeiro, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Foram embarcadas 96 mil toneladas, menos do que as 130 mil toneladas do mesmo mês de 2014. Em faturamento, a queda é de 23% no período – de US$ 555 milhões para US$ 426 milhões -, conforme a Abiec. A redução das vendas brasileiras ocorreu devido à diminuição das compras da Rússia, um dos principais parceiros comerciais do país no setor, afetada pela crise econômica e por sanções impostas pelos Estados Unidos e a União Europeia, por causa do conflito no leste da Ucrânia.
Os problemas da economia russa também podem afetar o Paraguai, já que eles foram responsáveis por adquirir 65% do total da carne bovina exportada pelo país em 2014. Apesar da crise, a Rússia liderou a lista de destinos das exportações paraguaias em janeiro deste ano, com 3.847 toneladas embarcadas. O Chile, com 3,8 mil toneladas, e o Brasil, com 2,5 mil toneladas, completam o ranking dos três maiores países compradores. Entre os miúdos, o Paraguai exportou 936 toneladas no período, totalizando US$ 1,4 milhão. A Rússia é mais uma vez a principal compradora do produto, ao lado do Vietnã, Hong Kong e a República Democrática do Congo.
Somadas as exportações de carne bovina, suína e de frango, miúdos, produtos industrializados e couros, os paraguaios exportaram 28 mil toneladas em janeiro deste ano, por cerca de US$ 90 milhões. O Ministério de Indústria e Comércio (MIC) prevê expandir os embarques ao longo de 2015 e deve iniciar as vendas a países como a Arábia Saudita e o Egito. A abertura de novos frigoríficos também deve impulsionar as exportações. Uma nova planta, com capacidade para processar 1 mil cabeças de gado por dia, será montada na cidade de Belém, no norte do país. Outra unidade, apta a receber 500 cabeças por dia, será montada na cidade de Pedro Juan Cabellero, na fronteira com o Brasil, indicou o MIC.
Fonte: BeefWorld