Exportações de carne podem superar alta prevista
Se ritmo se mantiver, embarques de carne bovina devem crescer acima dos 10% esperados, diz Abrafrigo
A se manter o atual ritmo das exportações de carne bovina in natura e processada, o volume total comercializado em 2017 poderá até ultrapassar o crescimento de 10% estimado para este ano, informa a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), depois de compilar os dados de novembro fornecidos pelo fornecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da Secex/Decex.
No mês passado as vendas atingiram a 141.950 toneladas contra 95.648 toneladas no mesmo mês de 2016, num crescimento de 48%. Em receita, o crescimento foi de 45%, passando de US$ 409,5 milhões para US$ 593 milhões em 2017.
Com este resultado, segundo a Abrafrigo, o acumulado do ano já alcança 1.351.103 toneladas, enquanto que, em 2016, este número era de 1.241.55 toneladas no mesmo período. Ou seja, em volume, as exportações já apresentam crescimento de 9%. Na receita, o crescimento foi mais significativo, de 13%, passando de US$ 4,901 bilhões em 2016 para US$ 5,521 bilhões até novembro em 2017.
O mercado chinês é o grande responsável pela recuperação nas vendas de carne bovina em 2017. Importações pela cidade estado de Hong Kong e pelo continente alcançaram 412.750 toneladas no mesmo período de 2016, com uma participação de 33,3% no total da comercialização brasileira. Em 2017, as compras chinesas saltaram para 509.726 toneladas até o momento, elevando a participação para 37,8% do total exportado pelo Brasil.
Entre os 20 maiores compradores do produto brasileiro, além da China, se destacam a Arábia Saudita e o Irã, elevando suas aquisições em 53,9% e 42,4% respectivamente. As compras da Rússia cresceram 16,1%, e a dos Estados Unidos 19,5%. Emirados Árabes (+ 16,2%); Israel (+22,7%) e Cingapura (+15,8%) também ampliaram sua movimentação. São Paulo foi o Estado que mais exportou carne bovina, com 21,8% do total até novembro; Mato Grosso ficou na segunda posição, com 19,8%, enquanto Goiás manteve o terceiro lugar com 13,1%.
Fonte: Abrafrigo