Exportações do Agronegócios aumentam 99% em 5 anos

O agronegócio foi um dos setores que mais cresceram na economia brasileira nos últimos cinco anos. De 2002 a 2006, as exportações de produtos agropecuários tiveram um aumento de 99%, saltando de US$ 24,8 bilhões para US$ 49,4 bilhões, segundo dados da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O complexo sucroalcooleiro teve o melhor desempenho, com incremento de 243% nas vendas externas. As carnes ficaram em segundo lugar, com expansão de 170%. Em terceiro, aparece o café, com crescimento de 143%; em quarto, cereais e preparações, com 123%; e em quinto, frutas, com 91%.

“Tivemos esse desempenho extremamente positivo apesar das adversidades enfrentadas nas últimas duas safras, como a seca, a valorização do real frente ao dólar, os problemas sanitários e a queda das cotações internacionais dos grãos no mercado mundial”, diz o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto. Ele atribui o crescimento à competência dos produtores brasileiros, à maior agressividade nas ações promocionais no mercado externo e à tecnologia desenvolvida no País. “Nossos agricultores são competitivos demais e, ao mesmo tempo, somos detentores da mais avançada tecnologia de agricultura tropical do mundo.

”A expectativa de Guedes é de que neste ano as exportações do agronegócio pelo menos repitam o desempenho de 2006. Na sua avaliação, o setor sucroalcooleiro deve se destacar outra vez, tendo em vista o atual cenário favorável ao açúcar e álcool combustível no mercado mundial. Em 2006, as vendas externas de açúcar somaram US$ 6,2 bilhões - incremento de 57,4% em relação a 2005, quando totalizaram US$ 3,9 bilhões. Os embarques de álcool alcançaram US$ 1,6 bilhão, contra US$ 765,5 milhões do período anterior. O volume exportado de álcool cresceu 31% e os preços foram 60% superiores em 2006. Em 2002, lembra, o setor exportava US$ 2,3 bilhões.

“Somos o maior produtor e exportador mundial de açúcar e álcool”, observa o ministro da Agricultura. Hoje, acrescenta, esse é um dos setores que mais atraem investimentos para o agronegócio nacional. Em 2006, foram instaladas 12 novas destilarias no País e outras 16 devem entrar em funcionamento neste ano. As novas agroindústrias se concentram na região Centro-Sul, principalmente em São Paulo. “Isso representa mais emprego e renda para o setor sucroalcooleiro.” O Brasil tem 360 unidades produtoras de açúcar e álcool, que tem uma renda anual de R$ 40 bilhões e empregam diretamente cerca de um milhão de trabalhadores.    

Carnes - Guedes ressalta ainda o crescimento das exportações de carnes entre 2002 e 2006. No ano passado, o valor exportado cresceu 5,5%, alcançando US$ 8,6 bilhões, contra US$ 8,2 bilhões do período anterior. As vendas de carne bovina in natura aumentaram 29,6%, passando de US$ 2,4 bilhões para US$ 3,1 bilhões. Os embarques de frango in natura e industrializado totalizaram US$ 3,2 bilhões e os de carne suína in natura, US$ 990 milhões. “O setor teve esse resultado apesar da ocorrência de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e Paraná, que prejudicou não só os embarques de carne de gado, mas também os de suíno.”

O aumento da participação das carnes brasileiras no comércio internacional, assinala o ministro, é um dos melhores indicadores da competitividade do agronegócio do País. “Até o início da década passada, tínhamos saldos negativos na balança comercial do setor. Em 1990, por exemplo, o déficit foi de US$ 117 milhões. Esse quadro começou a ser revertido em 1991 e tivemos um grande impulso a partir de 2002, quando as vendas externas alcançaram US$ 3,2 bilhões. Graças a esse desempenho, somos hoje o maior exportador mundial de carne bovina e de frango.” Atualmente, o Brasil exporta carnes para 147 mercados de todos os continentes. “A qualidade do produto nacional e a intensificação dos programas de sanidade foram decisivos para essa evolução.”

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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