FERNANDO CORRÊA OSÓRIO – CRIADOR DA SEMANA
Eu indico a carne Brangus “pelo diferencial de qualidade na maciez, suculência e sabor”
O engenheiro agrônomo Fernando Corrêa Osório tem 46 anos de vida e de pecuária. Um dos proprietários da Agropecuária Corrêa Osório, que conta com duas sedes em Quarai (São Roberto e Paipasso) e uma em Alegrete (Casa Branca), todas no Rio Grande do Sul, toca as empresas com a mãe Beatriz e os irmãos Pedro Luiz, Rosa Maria e Antônio Carlos. A história da família na pecuária começou há muitos anos, mais precisamente em 1855, com a compra da Fazenda Casa Branca, de Alegrete, pelo tetravô materno, Antônio José Pires. Outra fazenda da família que também já passa dos 100 anos é a São Roberto. O lado paterno também tem muita tradição, em 1892 o bisavô Antônio Cândido Osório comprou a fazenda. Tanta história e tradição pecuária não podia acontecer sem a raça Brangus, que já está no plantel familiar há 30 anos, ou seja, nasceu com a Associação no país.
Para conhecer mais detalhes desta família que tanto colaborou para a pecuária nacional, leia a entrevista completa com o CRIADOR DA SEMANA.
Associação Brasileira de Brangus – Como começou a sua história com a pecuária?
Fernando Corrêa Osório – Minha história na pecuária iniciou quando nasci, há 46 anos e dei os primeiros passos na fazenda São Roberto onde morávamos na ocasião. Esta foi comprada por meu bisavô paterno, Antônio Cândido Osório em 1892 e está conosco agora na quarta geração. Pelo meu lado materno temos as terras de Alegrete, Fazenda Casa Branca, desde 1855, pelo meu tetravô, Antônio José Pires. Meu tataravô Pedro Antônio Pires e bisavô Pedro dos Reis Pires estão enterrados lá. Eu e meus irmãos somos sexta geração desta família.
ABB – E com a raça Brangus? Como foi?
Fernando - Iniciamos com o Red Angus no inicio dos anos 1970. Na década de 1980 iniciamos
cruzamento com o Nelore e também compramos algumas novilhas Red Brangus.
ABB – Em todo este período, quais os diferenciais encontrou ao produzir animais Brangus?
Fernando – Tolerância ao calor, rendimento de carcaça, resistência a endo e ecto parasitas.
ABB – Acha que a raça tem potencial no Brasil?
Fernando – Enorme pois, alia a qualidade de carne do Angus com as características positivas do Nelore.
ABB – No ano que vem, a Associação Brasileira de Brangus completa 30 anos. Uma história de luta pelo posicionamento da raça no país. Como você enxerga o futuro da raça Brangus no mundo?
Fernando – As raças mais importantes e de maior crescimento no mundo são o Angus e o Nelore. Como o Brangus resulta do cruzamento entre elas deveremos ter este reflexo em nosso crescimento como raça.
ABB – Como é feito o comércio de animais em sua propriedade?
Fernando – O gado de corte vendemos para os frigoríficos que valorizam qualidade de carne. Os reprodutores são comercializados em nosso evento Paipasso Red.
ABB – Acredita que o país vive um bom momento na pecuária?
Fernando – Apesar da crise,a pecuária vive um bom momento pois nos encontramos em um ciclo de alta resultante de uma baixa oferta de animais para abate aliado a incremento de demanda interna e externa.
ABB – Entre criadores, explicar as vantagens da raça Brangus é tarefa fácil. Mas como você explicaria isso ao consumidor final?
Fernando – Pelo diferencial de qualidade na maciez, suculência e sabor.
ABB – Para alcançar excelência na carne Brangus é preciso investir em genética. Qual é o trabalho de vocês nesse quesito?
Fernando – Procuramos orientar nosso trabalho pelo Programa Natura, valorizando as características relacionadas com precocidade sexual e de terminação. Animais precoces depositam gordura rapidamente dando uma terminação adequada e com bom marmoreio que define a qualidade diferencial do Brangus.