Sete frigoríficos fecharam no primeiro semestre em Mato Grosso
Sete unidades de abate de bovinos fecharam as portas no estado de Mato Grosso durante os primeiros seis meses deste ano. A informação é do boletim semanal sobre a bovinocultura divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em um ano e meio, foram nove plantas desativadas por causa do menor volume de abates.
“O total do primeiro semestre deste ano foi 16,15% menor que o do mesmo período de 2014. Foi resultante da baixa disponibilidade de animais, tanto é que o estoque de machos acima de 24 meses foi o menor dos últimos cinco anos”, informa o Imea.
O instituto lembra ainda que a escassez de animais limita a pressão de baixa que os frigoríficos tentam impor para a arroba do boi gordo. A tentativa de oferecer preços menores para o pecuarista é influenciada pelo cenário da demanda, em que o consumidor já não se mostra disposto a pagar mais pela carne bovina.
De qualquer forma, só na semana passada, o Imea registrou queda de 1,06% no preço médio da arroba do boi no estado. O valor foi de R$ 130,91. A vaca gorda teve baixa de 0,87%, cotada a R$ 124,34 por arroba. O movimento acompanhou os principais contratos futuros na BM&FBovespa. Julho de 2015 encerrou a última semana a R4 141,37 (-0,56%) e outubro de 2015 ficou enm R$ 143,07 (-0,87%).Mais pesoSe a quantidade de bovinos abatidos no estado é menor, o peso é maior, de acordo com o Imea. Nos últimos dez anos, houve um aumento de 8,6% no peso médio quando é dividida a quantidade de carne bovina produzida pelo número de cabeças abatidas. Só em 2014, o peso médio foi de 16,5 arrobas por cabeça, acima da média nacional registrada no período, que foi de 15,87 arrobas.
O aumento no peso veio acompanhado de uma maior participação de animais com até três anos no volume total de abates. No ano passado, essa representação estava em 59,4% dos animais abatidos. Há dez anos, essa proporção era de 48,7%.
“O crescimento no abate dessa categoria, junto a um animal mais pesado, demonstra, em geral, um aumento na eficiência e na produtividade. Isso resulta em uma maior rentabilidade, uma vez que o produtor tem uma maior taxa de desfrute do seu rebanho”, avaliam os técnicos.
Fonte: Globo Rural