GAP aposta em abertura de fronteiras para Brangus
Ângela Linhares afirma que volta de comercialização do sul com resto do país é fundamental para raça
A descoberta de focos de aftosa no Mato Grosso do Sul, em outubro de 2005, fechou as fronteiras sanitárias entre diversos estados, inclusive o Rio Grande do Sul. O sul do país foi onde mais demorou para reabrir as fronteiras e voltar a comercializar com o resto do Brasil. Este ano, foram reabertas definitivamente as fronteiras e agora os animais podem circular livremente. “Com certeza, a abertura das fronteiras será fundamental para que possamos trabalhar melhor a raça Brangus em todo o território nacional”, afirma Ângela Linhares da Silva, da GAP Genética, sediada em Uruguaiana, RS.
De acordo com Ângela, os frigoríficos dão preferência a gado cruzado. “Hoje em qualquer leilão, o animal cruzado sai bem mais caro. A raça Brangus se destaca entre os cruzados, não só por apresentar a melhor carne, mas também pela precocidade”, diz.
A GAP trabalha com a raça Brangus desde 1984. “Já criávamos Angus e vimos no Brangus uma boa oportunidade de trabalhar a carne no Brasil Central. Hoje, no sul, temos um plantel de 3500 vacas (ventres) e produzimos 300 touros. Temos também plantel Brangus no Mato Grosso do Sul. A raça Brangus é bem adaptada em todos os climas. Até mesmo no Rio Grande do Sul, que tem invernos rigorosos e verões de até 40°C”, conclui Ângela.