Goiás estuda propostas de segurança rural
Em reunião realizada terça-feira (26/06) no gabinete do secretário estadual de Agricultura de Goiás, Leonardo Veloso, autoridades da segurança pública do Estado discutiram propostas da comissão de segurança rural para o Programa de Segurança Pública Rural do Estado, elaboradas pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). A idéia é que as propostas sejam inseridas no orçamento do Plano Plurianual (PPA) 2008-2011 para que as ações sejam consolidadas e fundamentadas, afirma o presidente da comissão, Osvaldo Guimarães.
Participaram da reunião o superintendente de Planejamento da Seagro, Veríssimo Aparecido da Silva, assessores da Secretaria, o gerente de Planejamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Renato Ferreira, e o sub-chefe do Planejamento Orçamentário e Administrativo da Polícia Militar (PM), Major William Pereira da Silva. Guimarães ressalta que o assunto merece um projeto em âmbito nacional, mas até que a União tome partido providências devem ser tomadas. "Precisamos buscar mais espaço e comtemplação orçamentária", ressalta. Aumento do número de viaturas, de 141 das que existem hoje para 246, mais policiais para realizarem o trabalho de vigilância, dentre outras, são algumas medidas necessárias para oferecer mais segurança e proteção na zona rural.
Outra questão abordada é a deficiência do tráfego de máquinas agrícolas. Uma das propostas é criar um sistema da cadastramento para esses veículos semelhante ao dos Detrans. Placa, certificado e todo um sistema que identifique os proprietários, as infrações e quaisquer tipos de informações. "Isso reduziria problemas como já tivemos. Em pouco tempo, mais de 20 máquias foram encontradas pela Delegacia de Furtos e Roubos e ninguém sabia quem eram os donos", conta o presidente. Ação que tem dado resultado, segundo Guimarães, é o Programa de Patrulha Rural realizado em Quirinópolis (285 quilômetros de Goiânia). Implantado desde 1994, números mostram redução de 80% da criminalidade na região.
Renato Ferreira lembra que o problema é que o Programa não está nos moldes do PPA e para isso precisa ser aprovado pelo Poder Executivo, por meio da Assembléia Legislativa. "Falta formalização do Programa, institucionalização propriamente dita para que com a mudança de algum chefe as ações não parem", diz. Para ele, falta mais envolvimento dos dirigentes e transformação das propostas em política de Estado para que as ações sejam consolidadas.
Veríssimo ressalta que é preciso buscar recursos junto à União, além de instituir as empresas privadas de segurança rural como prioridade no Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). "Parceria consolidada entre público e privado é fundamental", defende. Ele sugere que a Seagro e suas vinculadas entrem em parceria com a SSP para viabilizar que postos de fronteira da Agrodefesa, com apoio da Agenciarural, ofereça segurança para técnicos agrícolas e produtores. As propostas, segundo ele, devem ser levadas para líderes classistas que as defendam no Congresso Nacional e abram as portas para que as ações não sejam isoladas do Estado de Goiás.
Informações: SEAGRO – (62) 3201-8905.
Fonte: www.grupocultivar.com.br