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Goiás lidera confinamento de gado

A disponibilidade de alimento, o avanço da agricultura sobre a pecuária e a entrada de frigoríficos neste setor explicam a liderança goiana. Em 2006, o estado tinha 48% dos animais confinados no Brasil e, no início da década, 26% - era o segundo colocado, atrás de São Paulo. As três maiores propriedades em número de animais ficam no estado, sendo uma delas do Bertin - Fazenda Planura, em Aruanã, com 93,2 mil animais confinados em 2006. O País terá este ano confinamento recorde, com cerca de 2,5 milhões de bovinos. 

Pesquisa da Agripoint Consultoria Ltda com os 50 maiores confinamentos do País mostra que o setor pode crescer mais de 40% neste ano, somando 1,3 milhão de animais. Juntas estas fazendas respondem por aproximadamente metade do volume de confinamento do Brasil. André Camargo, analista da consultoria, explica que o número sempre é mais otimista que a realidade. No ano passado, foram confinados nestas propriedades 933,9 mil bovinos, alta de 16,52% em relação a 2005. Mas a pesquisa de intenção indicava aumento de 27,9%. 

De acordo com a série histórica da Agripoint, o crescimento no volume de animais confinados será o recorde na década. Até então, a maior variação ocorreu em 2003, com alta de 26,9%.

Os números da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) vão ao encontro das perspectivas da consultoria: a estimativa é de aumento de 26,2% nos animais confinados. Pelas projeções da Scot Consultoria, o crescimento será de 18%. 

De acordo com a pesquisa da Agripoint, o Centro-Oeste detém 77% dos animais confinados do País. Há cinco anos, tinha 58%. Além do crescimento de Goiás, Dias aponta para o aumento registrado em Mato Grosso, que hoje tem 15% dos bovinos confinados. "Mato Grosso que vai rivalizar com Goiás nos próximos anos, pois tem grãos e um bom parque de produção de bovinos", explica. 

Fabiano Tito Rosa, analista da Scot Consultoria, acredita que o aumento do confinamento - sobretudo em Goiás - é decorrente, em parte, dos investimentos dos frigoríficos no sistema. "O avanço da agricultura espreme a pecuária e o confinamento torna-se a saída", avalia Rosa.

No ano passado, São Paulo se manteve no topo da lista dos 50 maiores confinamentos com 17 fazendas ou 34% dos estabelecimentos. Mas na quantidade de animais confinados, Goiás deteve o primeiro lugar: 48,07%. 
Em 2006, 98% das fazendas pesquisas rastrearam seus animais e 28% usaram certificações, como a Eurepgap. Para este ano, 92% afirmam que vão rastrear o gado. A pesquisa apontou também que 20% dos animais confinados foram negociados na Bolsa de Mercadorias e Serviços (BM&F).

Fonte: www.mnp.org.br