Lavoura e pastagem valorizam terras brasileiras
O aumento do preço das áreas de lavouras e de pastagens ultrapassou a marca dos 10% ao ano, entre 2000 a 2006. As terras de pastagens (10,6%) se valorizaram um pouco mais que as de lavouras (10,2%). O comportamento dos preços de terra agrícola no Brasil foi pesquisado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base no FGVDados, banco de dados da Fundação Getúlio Vargas. Foram consultados também o Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo (IEA) e o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral).
O coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, apontou o crédito rural como uma das causas da valorização das terras agrícolas. O aumento do volume de recursos para os produtores e cooperativas foi de 63%. O estudo indica que os preços internacionais e os preços internos das principais commodities agrícolas, como soja, milho e carnes também influenciaram no valor das terras.
O crescimento da demanda mundial por biocombustíveis afetou os mercados agrícolas e colocou os preços dos produtos em patamar superior ao vigente nos anos anteriores.
Outros fatores têm o efeito de atenuar a pressão sobre o preço da terra, um dos mais relevantes é a produtividade. "No Brasil, a produtividade tem aumentado a taxas elevadas e isso provoca o incremento da produção de grãos e carnes sem aumentos expressivos de área", destacou o coordenador.
O indicador utilizado para deflacionar o preço da terra é o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da FGV.
A pesquisa elaborada pela AGE analisa o preço da terra desde 1977, indica os preços de vendas de terras e de arrendamentos no Brasil e a valorização de terras na Amazônia. Compara, também, os preços da terra entre o Brasil e os Estados Unidos.
Fonte: www.agricultura.gov.br