MS: Projeto estuda proteção de preço do boi gordo
Projeto inédito para a proteção do preço do boi usando contratos futuros foi apresentado a produtores e técnicos da Seprotur (Secretaria de Produção). A iniciativa subsidiada pelo governo de São Paulo foi exposta segunda-feira (18/05), na capital, pelo seu secretário de agricultura e Abastecimento, João Sampaio.
João Sampaio revelou que o Valor de Produção Agropecuária (VCP) paulista teve crescimento de 18% em 2008, atingindo R$ 37,7 bilhões. Para ele, o bom desempenho do setor é reflexo das ações voltadas a diversificação e estabilidade da produção, promovidas pelo Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista – Banco do Agronegócio Familiar (FEAP), que é gerido pela Secretaria de Agricultura.
Dentre os beneficiários dos muitos programas patrocinados pelo fundo paulista, estão produtores rurais com renda bruta agropecuária anual de até R$ 400 mil e pessoa jurídica - agroindústria - enquadrada como micro e pequena empresa com faturamento de até R$ 2,4 milhões. Os recursos também são oferecidos para associações e cooperativas com de até R$ 3 milhões de receita.
“O fundo dá suporte aos financiamentos e subvenções econômicas concedidas aos produtores paulistas”, e destaca, “dentre as operações subsidiadas estão os contratos de opção do boi gordo que serão realizados a partir de julho”.
Segundo Sampaio, a intenção é subsidiar 50% dos prêmios de 8,7 mil contratos de opção do preço do boi gordo. Para receber o benefício o produtor enquadrado no FAEP precisa contratar as opções junto ao Banco do Brasil - parceiro do projeto.
“Esperamos neste primeiro ano assegurar o preço de aproximadamente 2 milhões de bois, investindo R$ 6 milhões na subvenção dos prêmios”, ressalta, lembrando que deste valor estão excluídos os custos operacionais da BM&F/Bovespa, e o teto máximo de subvenção por produtor será de R$ 24 mil ou em média, 17 contratos.
Para a secretária da Seprotur, Tereza Cristina Correa da Costa Dias, o Estado busca sempre conhecer novas idéias e alternativas promissoras. Ela destaca na iniciativa paulista o incentivo dado ao produtor para que busque assegurar sua renda por meio de ferramentas existentes no mercado.
“Temos que mudar esta relação entre a produção e a comercialização, e a proteção de preço é uma ferramenta ainda pouco usada pelos nossos produtores”, apontou.
O presidente do sindicato Rural de Campo Grande, José Lemos Monteiro, acredita que a proposta paulista é positiva para a pecuária sul-mato-grossense. “Acreditamos que este novo passo trará estabilidade econômica ao setor”, apontou.
O Consultor de Fomentos do Centro Oeste da BM&F, João Pedro Cuthi Dias, ficou sensibilizado com a proposta paulista. Ele acredita que seu poder multiplicador permitirá que a pecuária passe para um novo patamar de desenvolvimento.
“Garantindo a comercialização dentro da lucratividade desejada, o produtor concentra seus esforços na produção e aprimora ainda mais a qualidade do seu produto”, conclui.
Alexssandro Loyola
Seprotur
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