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China anuncia o fim do embargo à carne bovina brasileira

O setor agropecuário movimentou Brasília nesta semana. O encontro da presidente Dilma Rousseff com o primeiro-ministro chinês deu fim ao embargo da carne bovina. A China assinou acordos com o Brasil que somam mais de 53 bilhões de dólares e a retomada das exportações de carne bovina brasileira.
O embargo se estendia desde 2012, depois do caso de vaca louca no Paraná. Naquela época, a China era o décimo maior comprador de carne brasileira. Agora, de saída, oito frigoríficos voltam a exportar.
“Nós queríamos que a China fosse aberta para nós. Era um ponto importante e bastante significativo para o Brasil nós termos concretizado um mercado tão importante como esse”, explica a ministra da Agricultura Kátia Abreu.
A semana começou com um protesto de agricultores e trabalhadores rurais. No Ministério da Fazenda, eles quebraram vidros e ocuparam alguns andares. Os manifestantes pediram que não houvesse corte nos recursos para a agricultura familiar no próximo Plano Safra. O ministro Joaquim Levy foi cercado pelos manifestantes. No mesmo dia, ele se reuniu a portas fechadas com o ministro de Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. Dois dias depois, o governo anunciou que o orçamento deve ser de cerca de 25 bilhões de reais, próximo do valor liberado no ano passado.
No Palácio do Planalto, a presidente Dilma sancionou o Marco Legal da Biodiversidade. O texto regula o acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento dos povos tradicionais, como índios e quilombolas, e prevê o pagamento de royalties.
“Aquela senhora quebradeira de coco, daquele povo indígena que detém sobre determinada semente, determinada árvore, seu conhecimento, isso passa a ser reconhecido e tem repartição de benefícios. E permite que o pesquisador desse país não seja chamado de biopirata”, diz a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.

Fonte: Globo Rural