Mudança do clima exige ação dos governos

As ações para conter os efeitos do aquecimento global precisam ser iniciadas já, o quanto antes. A urgência que precisam tomar as políticas governamentais em todo o mundo é defendida pelo pesquisador Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por causa da alta trajetória das atuais emissões globais de combustíveis fósseis, superior às previsões mais pessimistas feitas por especialistas no ano de 1999.

Carlos Nobre fez a palestra de abertura do I Simpósio sobre Mudanças Climáticas e Desertificação no Semi-Árido Brasileiro que acontece na sede da Embrapa Semi-Árido, em Petrolina/PE – e reúne até quinta-feira (17/04) cerca 230 pesquisadores, professores e técnicos de instituições públicas e de organizações não governamentais. Segundo ele, não são reduzidos os desafios para conter o aquecimento global. Para se chegar á meta de estabilizar as emissões em 500 ppm (parte por milhão) em 2050, é preciso que ocorram reduções nas emissões de C02 da ordem de 60% a 70% em relação à situação de hoje.

O pesquisador do INPE explica que os modelos (15) de previsão utilizados nos estudos de mudanças climáticas alcançam acertos da ordem de 90% com relação à elevação da temperatura. Todos eles apontam o aumento da temperatura em todo o planeta em conseqüência, principalmente, das concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso.

Os organizadores do I Simpósio irão divulgar após o evento um documento com os temas que deverão orientar as pesquisas com mudanças climáticas e desertificação. O Diretor Executivo da Embrapa, o pesquisador José Geraldo Eugênio de França, afirma que desta forma o evento contribui para dar maior eficiência a governos e sociedade nas ações que ajudam a compreender os fenômenos que provocam as alterações no clima e no ambiente, e propor iniciativas de mitigação para esse sério problema.

Para Geraldo Eugênio, os esforços para conter o aquecimento do planeta vão demandar ações de longo prazo o enfrentamento de duros embates. A reversão das tendência apontadas pelos especialistas, por sua vez, precisa estar baseada em um forte programa de ciência e tecnologia, que envolva o conjunto de especialistas e instituições do país e do exterior.

Fonte: www.captsa.embrapa.br

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