O Continente Asiático é o principal importador do produto in natura de Mato Grosso do Sul

A Ásia deve aumentar o consumo de carne bovina em 58% nos próximos oito anos. O continente é o principal importador do produto in natura de Mato Grosso do Sul. A previsão se deve ao aumento de 11% na população asiática até 2022, apontada pelo estudo "Perspectivas para a Carne Bovina a 2022".
Os países da Ásia estão entre os principais importadores da carne sul matogrossense há cerca de 10 anos, segundo levantamentos da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul).
- Desde 2004, a Rússia está em primeiro lugar do ranking de importações de carne bovina do Estado, seguida do Irã e Hong Kong, países que se revezam nas colocações, mas estão sempre entre os cinco primeiros colocados - destaca o diretor secretário da Famasul, Ruy Fachini.
Osler Desouzart, autor do estudo diz que o dado é muito importante para o Brasil.
- A Ásia reúne países que não possuem os recursos naturais necessários para abastecer seu incremento do consumo. À exceção da Índia, exportadora de carnes de vaca e, principalmente, de bubalinos, não há na região asiática outro país capaz de gerar excedentes exportáveis significativos - destaca.
Desouzart afirma que, junto com o Brasil, a Índia assumirá papel relevante nesse abastecimento externo, graças a sua proximidade dos mercados importadores asiáticos e aos preços menores da sua grade de produtos exportados.

Mato Grosso deve exportar 30% a mais com fim de embargos
As exportações de carne bovina de Mato Grosso podem aumentar em mais de 30% com a retomada dos embarques para a China e para o Irã. A estimativa calculada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que o volume negociado pelo Estado pode chegar a 32,5 mil toneladas equivalente carcaça (TEC) neste ano. Caso as exportações dos mercados chinês e iraniano não fossem consideradas, o montante embarcado chegaria a 25 mil TEC.
Na última semana, os dois países anunciaram o fim do embargo para a compra da carne bovina.
- Além do aumento do volume embarcado pelo Estado, o fim da restrição pode atrair novos mercados - afirma o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari.
Para Vacari, outros países podem ser influenciados e se interessar pelo produto brasileiro. Esse movimento causará impactos nos preços, mantendo índices satisfatórios e permitindo uma maior rentabilidade para o pecuarista matogrossense.
Conforme o Imea, a arroba do boi gordo em Mato Grosso está cotada em cerca de R$ 110,23, o que representa um aumento de 23%, levando em conta o preço de R$ 88,92 registrado no ano passado. É verificada também uma valorização de 27% no preço da vaca gorda, que passou de R$ 79,94 a arroba para R$ 102, 26/@ no mesmo período. O mercado de bezerro também está aquecido. O preço passou de R$ 770 por cabeça para R$ 987,90 na última semana em Mato Grosso.

Fonte: CANAL RURAL COM INFORMAÇÕES DA FAMASUL E DA ACRIMAT

Anterior
Anterior

Frio dos últimos dias mata cerca de mil bois Nelore de 4 propriedades rurais

Próximo
Próximo

Manejo racional de bovinos é tema de capacitação em Paragominas