Associação Brasileira de Brangus

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O outro lado do criador

Apaixonado por futebol e torcedor do Sport Club Internacional.

Nascido em uma das regiões de maior referência em pecuária do Brasil, Ângelo Bastos Tellechea fincou raízes na Fronteira Oeste, onde nasceu, se criou e alfabetizou num tempo de rigor escolar de um colégio marista. “Tive o privilégio de haver nascido e passado a infância e adolescência em Uruguaiana, períodos em que a cidade e a sua comunidade eram muito qualificadas”, recorda. Entre as ocupações infantis, dividia seu tempo entre o meio rural, andar de bicicleta e jogar bola com os amigos. “As ocupações naturais à época se vinculavam a um diferenciado convívio familiar, complementadas com interação com os amigos da mesma geração”, prossegue. Apaixonado por futebol e torcedor do Sport Club Internacional, esteve inclusive no Oriente Médio em 2010 assistindo ao time do coração disputando o Mundial Interclubes. “Gosto muito de futebol, a ponto de frequentar o estádio. Como torcedor, me incluo entre os ‘Campeões de Tudo’ tendo inclusive estado em Abu-Dhabi, quando um novo título escapou”, conta, lamentando por não ter sido Bicampeão Mundial. Critica o momento atual do esporte por não haver mais amor à camisa como antes, tampouco jogadores à altura, segundo ele. “Há muito não se vê mais os jogadores realmente qualificados, detentores de todos os fundamentos. Tenho saudades de craques que tive a felicidade de ver, alguns integrando equipes marcantes”, relembra, sem pontuar um jogador específico, elogiando como exemplo de equipe o espanhol Barcelona. Tellechea tem o cotidiano dividido entre família, campanha e cidade, e confessa que a velocidade do mundo atual o assusta um pouco. “Os ritmos atuais não proporcionam rotinas muito definidas”, reclama. Mas ainda arruma tempo para fazer exercícios orientados por uma personal trainer e caminhar sempre que possível, visto que praticar futebol e tênis, como antes, não faz mais. Também é adepto a hábitos culturais. Admite gostar de um bom filme e de um bom livro. “De um modo geral, cada fase tende a despertar um tipo de leitura, pelo que fica difícil fazer uma individualização. Foram tantos, tão interessantes, inclusive os técnicos”. Nos jornais, conta que procura ler as boas notícias. “Cada vez mais raras”, lamenta. Mas uma das atividades que mais aprecia é viajar com a esposa e também aproveitar os familiares. “Essa é das melhores ações que procuro praticar com a maior intensidade possível”, revela. Na música, diz que os momentos pedem canções específicas: “O local e o propósito influenciam diretamente, mas as sertanejas passam”, faz questão de enfatizar. Como todo pecuarista, aprecia uma boa costela e se diz uma pessoa de bom gosto alimentar. “Eu diria que sou semi-exigente, buscando apreciar o que cada lugar pode nos oferecer de típico. Recentemente a culinária do Peru me surpreendeu de forma muito significativa. Homem religioso, de bom gosto e pai de família. Este é Ângelo Bastos Tellechea, um dos pecuaristas mais tradicionais do RS, arrinconado em Uruguaiana, cidade que adora tanto quanto a pecuária e o Colorado, mas que traz a família acima de tudo