Parlamento pede fim ao embargo europeu à carne
Deputados e senadores brasileiros pediram aos parlamentares europeus o fim do embargo dos países da Comunidade Européia à carne brasileira. Durante audiência pública realizada na terça-feira (29/04), em Brasília, entre as comissões de Agricultura da Câmara dos Deputados e do Senado Federal com representantes da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, os parlamentares brasileiros apresentaram uma série de garantias que comprovam a qualidade e a sanidade do produto brasileiro.
Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colatto (PMDB/SC), o encontro entre representantes dos parlamentos europeu e brasileiro serve para que os países busquem um entendimento. “Espero que os parlamentos entrem em sintonia. A Europa precisa comprar carne. O Brasil precisa vender. Temos objetivos comuns que precisam ser alcançados”, frisou Colatto.
Segundo Colatto, o embargo da Comunidade Européia à carne brasileira está próximo do fim. Ele explica que a escassez do produto brasileiro e a conseqüente elevação, em cerca de 40%, dos preços da carne bovina na Europa já está repercutindo negativamente na opinião pública européia. “A pressão dos consumidores pela alta dos preços já está obrigando as autoridades européias a encontrar uma solução”, salientou.
De acordo com o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS), o produtor brasileiro é cumpridor de todas as exigências de ordem sanitária feitas pelos mercados europeus. Segundo ele, “os parâmetros sanitários brasileiros estão baseados em normas internacionais”.
O embargo à carne brasileira foi decretado no dia 1º de fevereiro. Autoridades européias e brasileiras não conseguiram um acordo sobre o número de fazendas brasileiras que poderiam receber certificação para vender o produto. No fim do mesmo mês, o embargo foi suspenso para um número limitado de fazendas. A União Européia exige a adoção de medidas de rastreabilidade e certificação bovina para suspender completamente o embargo.
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Vinícius Tavares
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