Pecuaristas de Minas Gerais apostam na raça Brangus
Estado conta atualmente com um plantel de cerca de 1.367 mil exemplares registrados segundo a Associação Brasileira de Brangus
Criadores de bovinos de corte que estão apostando no Brangus colhem os resultados positivos desta decisão. No Estado de Minas Gerais, conforme a superintendência de registro genealógico da Associação Brasileira de Brangus (ABB) o plantel é formado por cerca de 1.367 mil animais registrados. A perspectiva é que com os resultados comprovados, os números apresentem crescimento. No Brasil, entre 2015 e 2017, o número de animais registrados cresceu 10% conforme dados da entidade.
No Sul de Minas Gerais está localizada a Capa Brangus. Instalada na Fazenda São Carlos, próximo a Poços de Caldas, é uma marca da Carlos Amorim Pecuária e Agricultura, empresa também produtora de café e cana-de-açúcar. Desde 1986, a Capa se dedica ao desenvolvimento de genética avançada da Raça Brangus, fornecendo touros e matrizes de elite e rústicos, com elevado padrão de qualidade, além de machos e fêmeas desmamados para seu projeto de engorda. De acordo com o proprietário, Carlos Amorim, a fazenda seleciona animais adequados aos padrões internacionais da raça com o objetivo de conceber linhagens adaptadas ao clima tropical, seus insetos e pastagens.
Amorim destaca que o pioneirismo no desenvolvimento da raça Brangus no Brasil deu à fazenda uma vasta experiência no acasalamento e seleção de reprodutores. “Atualmente contamos com cerca de 500 matrizes registradas, criadas a campo, selecionadas e melhoradas a cada ano. Nossa seleção de Touros e Matrizes começa já na desmama”, explica, complementando que os animais selecionados na Capa Brangus são preparados em regime de pasto suplementado e perfeitamente aclimatados. “Uma vez que saiam da fazenda, já estão prontos para serviço, sem necessidade de períodos de ambientação nem tampouco tratos ou instalações especiais”, ressalta.
O projeto de Bragus na propriedade iniciou há mais de 30 anos e hoje existe uma seleção de matrizes bastante adaptadas ao clima e que garante a produção de touros de primeira qualidade. “Hoje, como muita alegria, vemos que a nossa participação foi decisiva no desenvolvimento da raça no Estado. Não só próximo da fazenda, mas como em outros municípios mineiros, nós já percebemos nas pastagens a presença de animais pretos e vermelhos, sem dúvida, decorrência da inseminação do Brangus que está ganhando também Minas Gerais”, afirma Amorim.
A raça, que foi formada para unir a rusticidade das raças zebuínas com características do Angus, como a produção de carne de qualidade, tem entre suas vantagens os partos facilitados, altos pesos no momento da desmama e no sobreano, grande ganho de peso, tanto em pasto como em confinamento, fêmeas de reposição com puberdade precoce, enxertando aos 15 meses, e ainda oferece uma carne suculenta e macia, que atende aos mais exigentes paladares.
Associação Brasileira de Brangus
Foto: Brangus Carlos Amorim