Primeira etapa da vacinação de bovinos e búfalos vai até o dia 31 de maio.
Produtor rural que não confirmar a imunização do rebanho será multado.
Os pecuaristas de São João da Boa Vista e Aguaí (SP) começaram a vacinar o rebanho contra a febre aftosa. A primeira etapa de imunização, que é obrigatória em bovinos e búfalos de até 2 anos, segue até o dia 31 de maio. Cada dose custa R$ 1,70. Com a nota fiscal, os produtores rurais entregam uma declaração com o total de animais vacinados. Quem deixar de vacinar o gado será multado.
Na região de São João, são criados 286.225 bovinos e 1.579 búfalos. Apesar da doença não atingir nenhum animal no Estado de São Paulo desde 1996, em novembro será aplicada outra dose para todo rebanho.
Em uma fazenda em Aguaí as 160 vacas serão vacinadas. "É fundamental para a gente ter qualidade de leite e evitar qualquer risco para o rebanho, que é o nosso maior patrimônio. Além disso, 350 vacas serão vacinadas também contra a raiva, isso porque para fazer prevenção, a única forma é por meio da vacinação", disse o pecuarista Walter da Silva Resi.
Segundo o veterinário da Defesa Agropecuária, Rodrigo de Souza Ferreira, é necessário muito cuidado neste processo. "O que tem que se evitar é o estresse do animal durante a imunização para melhorar a eficácia da vacina. Como é uma doença viral, ela pode ser transmitida pelo vento, pelo alimento contaminado por um animal e pela água", explicou.
O técnico em agropecuária Elvis Machado, que trabalha em um sítio em São João, vai imunizar 13 animais. "A vacina é importante porque a febre aftosa tem um impacto muito grande sobre a carne bovina e a imagem do Brasil, inclusive para exportação", disse.
Segundo Machado, além da febre aftosa, a vacina contra brucelose também é aplicada este mês. "A vacina é obrigatória nas fêmeas bovinas de 3 a 8 meses. A brucelose causa muito problema de infertilidade e pode ser transmitida ao ser humano, por isso que tem um impacto muito grande e um controle rigoroso", ressaltou.

Fonte: Do G1 São Carlos e Araraquara