Período de falta de pastagens está terminando
A semana que passou apresentou condições climáticas caracterizadas pela boa insolação e ocorrência de chuvas na maioria dos municípios do Rio Grande do Sul, com temperaturas amenas durante as primeiras horas da manhã e com elevação na parte da tarde. As condições de solo, especialmente os elevados teores de umidade, favoreceram a realização dos tratos culturais e a semeadura das plantas forrageiras anuais e perenes de verão, assim como das lavouras de milho destinadas à produção de silagem. Em plena estação de primavera, o campo nativo apresenta boa brotação, e a produção de forragem está proporcionando maior disponibilidade de matéria verde com alta qualidade nutricional, melhorando condições nutricionais para os rebanhos. Os produtores estão utilizando e manejando os campos naturais, conforme sua capacidade de carga animal, adequando a disponibilidade de oferta de forragem para os rebanhos. Em alguns locais, os produtores estão controlando com roçadas mecânicas as plantas invasoras como a maria-mole, capim anoni, caraguatá, carqueja e mio-mio, que estão infestando algumas áreas de campo nativo ou em pastagens cultivadas. Algumas dessas plantas indesejáveis podem provocar intoxicações nos animais. De maneira geral, as pastagens anuais cultivadas de inverno, especialmente o azevém, ainda são pastoreadas, apesar de o ciclo estar no fim. As pastagens cultivadas perenes, como trevos e cornichão, ainda apresentam boa disponibilidade e qualidade de massa verde. Também já foi implantada grande parte das áreas de pastagens de verão tanto anuais como perenes - capim sudão, milheto, sorgo forrageiro e tifton, entre outras - prática que nos próximos dias deverá se intensificar em muitos municípios. Na região de Lajeado, 80% das lavouras de milho destinadas à produção de silagem já estão nas fases de germinação, desenvolvimento vegetativo e floração. No entanto, somente 20% das áreas estão na fase de enchimento de grãos e apresentam um bom desenvolvimento. Houve ataque de lagartas em lavouras cultivadas nas várzeas, inclusive em variedades de milho geneticamente resistente a essa lagarta. Está sendo planejado o controle biológico desta lagarta através do uso da vespa trichogramma. Nas áreas montanhosas não há relato de ataque de lagartas. Também houve perdas em áreas de várzea com o ataque de "vaquinha". O período de maior falta de pastagens parece estar terminando; no entanto, algumas propriedades que não têm um bom planejamento forrageiro, apresentam pouca reserva de alimentos volumosos de qualidade. Fonte: Emater (RS).