Pesquisa ressalta papel da carne na manutenção do peso

Um estudo europeu publicado em novembro de 2010, sobre hábitos alimentares, revelou que a ingestão de carne pode ser uma aliada na guerra contra a balança, principalmente quando se trata de manter o peso, sem engordar. A pesquisa foi conduzida por oito centros de pesquisa europeus e liderada por pesquisadores da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca. Chamado de Projeto Diogenes, o estudo envolveu 772 famílias com 938 membros adultos e 827 crianças. Os resultados desse estudo foram comentados em artigo da pesquisadora dinamarquesa Grethe Andersen, que estará em Campo Grande/MS, nos dias 7, 8 e 9 de junho, para a palestra “Benefícios do Consumo da Carne Bovina”, no Congresso Internacional da Carne.

Os adultos em sobrepeso inicialmente seguiram uma dieta de 800 calorias por dia durante oito semanas. A média na perda de peso foi de 11 kg nesse período. Depois foram então divididos em grupos que seguiriam diferentes tipos de dieta com pouca gordura por seis meses. “Durante o projeto, as famílias tiveram acompanhamento nutricional e fizeram exames de sangue e urina. O objetivo era descobrir qual o tipo de dieta seria mais eficaz na manutenção do peso”, explica Andersen.

Como resultado, os pesquisadores puderam perceber que aqueles que tinham alimentação com mais proteínas e menos carboidratos de rápida absorção (derivados de farinha branca e açúcar) mantiveram o peso, enquanto quem consumiu mais carboidrato recuperou parte do peso. De acordo com Andersen, isso acontece porque a proteína, que pode ser carne magra, carne de aves, peixes, ovos, laticínios com pouca gordura, legumes e castanhas, levam mais tempo para ser digerida e não alteram radicalmente o índice de glicose no sangue, fazendo com que a fome demore a aparecer.

Durante o Congresso da Carne, a pesquisadora também participará de uma mesa redonda com a especialista brasileira em nutrição, Silvia Cozzolino. Ela fará palestra sobre “A importância da carne para a nutrição humana” e ressalta que a carne é uma fonte de proteína de alta qualidade, que oferece ao corpo humano ferro e vitamina B 12. “Há na carne, propriedades que só a proteína animal fornece. Comparado com outras proteínas é um alimento facilmente digerível e de alto valor biológico para nosso organismo”, aponta.

A pesquisadora, que é professora doutora da Universidade de São Paulo (USP) na área de nutrição, avalia como positivo o hábito brasileiro de consumir arroz e feijão acompanhando a carne. Segundo ela, juntos, esses alimentos são capazes de trazer benefícios nutricionais para a saúde. Questionada sobre a vilania muitas vezes atribuída a carne vermelha para saúde, ela esclarece: “Consumir carne vermelha é muito importante, é necessário apenas optar mais vezes pela carne magra e não consumir em exagero, assim como qualquer outro alimento”, conclui.

O Congresso Internacional da Carne é uma realização do International Meat Secretariat (IMS/Opic) em conjunto com a Famasul. O evento tem o apoio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS (Senar/MS), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de MS (Sebrae), Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural – FUNAR , Fórum da Permanente da Pecuária de Corte da CNA e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), conta com o patrocínio da John Deere, Marfrig, AllFlex, Safe Trace, Valefert e Banco do Brasil e o apoio do Convention Visitor Bureau.


Fonte: Sato Comunicação

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