Pode Faltar Carne Para Consumo Interno Argentino

A Federacão Agrária Argentina (FAA), advertiu em um documento que em 2010 a carne "pode não ser suficiente para o consumo interno", enquanto "continuam a desaparecer milhares de pequenos produtores de gado".

Em Rosario se reuniram representantes da pecuária de todo o país junto com a FAA e aprovaram um documento intitulado "A pecuária em seu pior momento".

O novo chefe da Comissão de Pecuária, Pedro Peretti, nomeado para substituir o deputado eleito, Ulises Forte, disse que "não podemos continuar a subsidiar negócios de grandes confinadores amigos do governo. "Temos de incentivar os pequenos produtores que criam, pois são eles que podem renovar o estoque. E no futuro imediato, temos de prestar assistência financeira às pessoas afetadas pela seca e evitar que os animais morram". A Comissão Internacional de Pecuária da Federação Agrária realizou uma reunião com a presença do titular da entidade, Eduardo Buzzi, e mais sessenta representantes do setor de todo o país. 

"Os representantes da produção de gado de La Pampa, Buenos Aires, Córdoba, Chaco, Salta, Santa Fe e Entre Rios solicitam medidas para interver na pior política de gado que se tem memória no nosso país ", diz Peretti. O dirigente ainda frisou que a única maneira de reerguer a pecuária argentina é dando condições aos pequenos e médios produtores.

"Os fenômenos meteorológicos, como a terrível seca que afeta grande parte das áreas de pastejo, não se pode resolver, mas existem maneiras de se proteger e prevenir contra eles", diz Peretti. Ele também observou que "todo mundo discute o efeito das alterações climáticas, menos a Argentina. "Além disso, aqui o governo de Néstor e Cristina Kirchner permitiu o desmatamento de florestas e empurrou o setor para sojizacão. Como resultado desta política, há 9 milhões de hectares plantados com soja".

Os delegados da FAA concluiram de modo geral e unânime que o gado teve que avançar nas áreas menos favoráveis e, em breve, talvez em 2010, haverá problemas de abastecimento até mesmo para o consumo interno.


Fonte: www.agroparlamento.com

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