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Prazo para regulamentação de importar carne bovina brasileira prorrogado

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) ampliou o período de discussão pública sobre uma proposta de regulamento para permitir a importação de carne bovina in natura do Brasil, respondendo à pressão de um grupo de senadores que pediram mais tempo devido a preocupações do possível risco da febre aftosa (FMD) no produto brasileiro.
O período de comentário público foi originalmente definido para terminar no dia 21 de fevereiro, mas foi prorrogado nesta data para 22 de abril. De acordo com o USDA, a extensão irá fornecer a todos os interessados o tempo necessário para analisar a proposta.
Até a quarta-feira (26), 495 comentários públicos tinham sido feitos sobre o relatório, a maioria dos quais expressando preocupações sobre a qualidade e a segurança da carne bovina brasileira. Os cidadãos de qualquer país podem ler o relatório (em inglês) por meio deste link e fazer um comentário, até 22 de abril.
Após várias visitas técnicas ao Brasil nos últimos anos, os inspetores norte-americanos concluíram em seu relatório que a carne bovina in natura de 14 estados brasileiros pode ser exportada com segurança para os Estados Unidos, livre de febre aftosa e de outras doenças animais. O relatório também concluiu que o Brasil tem a infraestrutura necessária para detectar e, se necessário, erradicar os casos de febre aftosa.
A Coalizão Industrial Brasileira (BIC, na sigla de inglês), que representa em Washington, DC os interesses da indústria brasileira, informou que vai usar o tempo adicional para responder publicamente as questões sobre a qualidade da carne bovina brasileira, e garantir aos políticos dos EUA que os produtores do Brasil podem cumprir as normas do USDA.
Com 11,7 milhões de toneladas por ano, os EUA são o maior mercado consumidor de carne bovina do mundo, e importam mais de 1 milhão de toneladas por ano, com cotas específicas negociadas com vários países.
Se a carne bovina brasileira for aprovada, será inicialmente classificada entre os “outros países”, cuja cota é limitada a 65 mil toneladas por ano, cerca de um quinto do volume exportado em 2013 ao mercado líder para a carne bovina brasileira, Hong Kong (360.729 toneladas).

Fonte: Carnetec