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Preço da carne bovina teve aumento de 12% em outubro

Em outubro, o valor médio da carne bovina no mercado interno sofreu aumento de 12%, e daqui até o final do ano a tendência é de mais reajustes. A informação é do representante comercial de uma empresa de alimentos à base de carne suína, ovina, avícola e bovina, José Pavan Júnior.
A estiagem, que resultou na escassez de pastos, a exportação para outros países e a entressafra pecuária, que diminui a oferta do gado no mercado, foram os fatores que influenciaram o aumento, de acordo com Júnior. Ele informa que a chegada das festas de final de ano pesará no bolso do consumidor.
Os preços dos cortes mais nobres, retirados da parte traseira do boi, como a picanha e o filé mignon, por exemplo, foram os mais afetados pela alta e hoje variam, respectivamente, de R$ 33 a R$ 45 o quilo, de acordo com levantamento informal realizado pelo JL em três casas de carne e três supermercados da cidade. Já os cortes mais baratos, retirados da parte dianteira do animal, como o acém e a paleta, apresentaram oscilação de R$ 12 a R$ 13,90.
"Diferentes dos cortes nobres, os preços das carnes de segunda não aumentaram muito e vão continuar com os preços atuais, provavelmente, pois a demanda não é e não será tão grande", afirma o proprietário de um dos açougues consultados pela reportagem, Adilson Ribeiro Filho.
Segundo ele, os valores devem sofrer novo reajuste nas próximas semanas. Para as carnes de primeira, diz, normalmente mais procuradas no final de ano, o crescimento pode chegar a mais de 20%.
SEGUNDA
Diante da elevação dos preços da carne bovina, muitos consumidores estão optando por evitar as carnes de primeira e comprar as de segunda e produtos mais baratos - como a carne de frango e de porco. O filé de frango, por exemplo, varia de R$ 11,90 a R$ 12,50 o quilo, e a linguiça oscila entre R$ 11,50 e R$ 12,90 o quilo.
"Os preços das carnes de primeira estão ficando muito altos e parece que irão aumentar ainda mais. Desse jeito, não dá mais para comprar", reclama o aposentando Jurandir Augusto Degan, 67 anos.
"Hoje em dia está cada vez mais difícil consumir", diz o empresário João Marcelo de Souza, 44. "Hoje, o churrasco de final de semana com os amigos e a família tem de ser o mais básico e simples possível, senão fica difícil. No máximo, dá para colocar na grelha um contrafilé e uma alcatra", pondera.

Fonte: Jornal de Limeira