Preço de carne bovina sobe em média 15% no comércio do Sul de MG

Segundo especialistas, entressafra, seca e exportação são motivo. O quilo do contra filé, por exemplo, aumentou quase 30% em 15 dias

O preço da carne bovina subiu até 15% nos açougues das três maiores cidades do Sul de Minas, alta que ficou bem acima da inflação. Segundo especialistas, o principal motivo é o período de entressafra. No entanto, a seca e o aumento na exportação agravaram o problema.
Alguns cortes tiveram o preço reajustado consideravelmente nos últimos 15 dias em açougues da região. O quilo do contra filé, por exemplo, passou de R$ 18,49 para R$ 23,99 em um supermercado de Varginha. Já a picanha, passou de R$ 33,00 para R$ 36,90. Já a alcatra, passou de R$ 23,00 para R$ 25,99.
Conforme números do IBGE, a carne bovina teve um aumento acumulado de 12% neste ano. Em agosto, quando a carne foi o item do grupo alimentício que mais pesou na inflação, a alta era de 3,17%. A queda no consumo de carnes caiu de 20 a 25%. No Centro-oeste do Brasil, onde estão os maiores rebanhos, a oferta do gado é menor e com isso o preço acaba sendo repassado ao consumidor.
Diante da alta da inflação em setembro, pressionada pelos preços dos alimentos, o Ministério da Fazenda sugeriu que a população fique atenta à possibilidade de substituir alguns produtos por outros mais baratos, como por exemplo as aves e os ovos. Segundo economistas, a tendência é que o preço da carne aumente ainda mais até o fim do ano.
Alta em outros alimentos
Segundo o Índice de Preços ao Consumidor calculado pela Universidade Federal de Lavras (Ufla), outros alimentos também estão mais caros no comércio da região. Entre os industrializados, o vilão foi o leite longa vida, que subiu quase 17%. Já entre os alimentos semi-elaborados, o arroz teve aumento de quase 13%. Entre os produtos in natura, destaque para o limão, que subiu 76% e o abacaxi, com alta de 39%.

Fonte: G1 Sul de Minas

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