Preço sobe no atacado e conserva margem da indústria
Preços da carne no atacado sem osso tiveram alta na semana. Pelo visto, a proximidade com o Dia das Mães acabou melhorando as vendas de carne. Duas semanas seguidas de valorização no atacado, sem que as escalas de abate estivessem apertadas, atendendo ao redor de uma semana, não deixa outra impressão.
Nos primeiros quinze dias de maio os cortes ficaram 2,7% mais caros. Em trinta dias a alta chegou a 5,2%. Diante disso, porém, é estranho ver que o mercado varejista, em contato diretamente com o consumidor, ficou estável na primeira metade do mês.
As margens das indústrias estão sendo preservadas em patamares cinco ou seis pontos percentuais acima da média histórica.
Por outro lado, os varejistas têm diminuído a diferença entre o preço de venda e o de compra de carne.
A margem dos açougues e supermercados, em 66,0%, é a pior desde março. Independente do tamanho deste indicador, que comparada a dos outros elos é significativamente maior, o foco aqui é outro, é a evolução deste número, que saiu de 74,0% na primeira quinzena de abril para o patamar atual.
Aparentemente, a análise destes elos da cadeia indica que, apesar da alta de preços no atacado, o consumo não parece ter evoluído.
Fonte: Scot Consultoria