O couro verde de primeira linha chegou a um valor satisfatório de R$1,10/Kg, de acordo com a Scot Consultoria. Este preço representa um aumento de R$0,10/Kg (10%) em uma semana. Comparado com o valor mais baixo pago pelo produto, R$0,45/Kg em junho/julho, houve um aumento de 144%.

As exportações de couro curtido ainda seguem com preços abaixo do normal e parece que o câmbio não tem ajudado também. A valorização do couro verde pode ter relação com a retirada das peles da JBS do mercado.

O sebo acompanha a alta de preços e apresentou 3% de alta em uma semana; e hoje é cotado em R$1,50/Kg. Em comparação com o valor mais baixo do ano (R$1,25/Kg em julho) o aumento foi de 20%.

No caso do sebo, a alta é reflexo da antecipação da obrigatoriedade de agregar 5% do produto no biodiesel. A medida começa a vigorar em janeiro próximo. Há empresas pagando R$1,70/Kg de sebo antecipadamente; sem contar que no verão as vendas dos setores de higiene e limpeza se aquecem e também fazem pressão positiva no preço de sebo. Alguns compradores buscam sebo uruguaio para equilibrar o mercado e segurar o aumento do preço.

Quem mais está ganhando com essas duas altas (couro e sebo) são os frigoríficos. Há uma semana o Equivalente Scot (couro + sebo + carcaça) era de R$74,28@, ou seja, 3,4% abaixo da cotação do boi gordo. Anteontem o valor do equivalente fechou em R$75,99@, apenas 1,3% abaixo da cotação do boi gordo.

Font: Scot Consultoria