Produtores devem vacinar rebanho contra a raiva e ficar atentos para refúgios de morcego, alerta Seapa

Nos primeiros três meses de 2014 já foram contabilizados cerca de 650 animais mortos no RS por ocorrência da raiva herbívora. Os dados são do Núcleo de Combate e Profilaxia da doença, da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, que realiza trabalho com as Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDA) de conscientização dos produtores da necessidade de identificar possíveis locais de refúgio dos morcegos transmissores e  importância da vacinação.
A doença tem incubação de 80 dias. Há, portanto, demora até que ela se manifeste visivelmente nos animais infectados. O coordenador no Rio Grande do Sul do Programa Nacional de Controle da Raiva, Nilton Rossato, alerta os produtores que as ações precisam ser preventivas.
A vacina precisa ser realizada em duas etapas. Uma segunda dose deve ser feita 21 dias após a primeira aplicação para que o animal fique de fato imunizado. É importante frisar que, sem essa segunda doze, o animal continuará suscetível ao vírus.
“Quando o criador percebe os sinais da doença no rebanho já é tarde demais para vacinar. Por isso, é muito importante que os refúgios de morcegos sejam identificados pelos produtores e o Serviço Veterinário Oficial seja notificado imediatamente”. Conforme Rossato, assim é possível agir a tempo de evitar a progressão do vírus de uma colônia para outras.
Diferente da febre aftosa, por exemplo, onde há contaminação de animal para animal, a raiva é transmitida de maneira vertical, pelo vetor que é o morcego hematófago. A vacinação não é obrigatória e sim estratégica. Quando os focos são constatados, através de diagnóstico laboratorial, há a indicação aos produtores para a vacinação dos animais. As orientações são, principalmente, para bovinos, equinos e bubalinos – animais que ficam mais expostos ao ataque dos morcegos.

Fonte: Seapa/RS

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