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Sistema Garante Origem De Carne No Mercado Interno

As conversas entre frigoríficos, organizações não governamentais (ONGs) e varejistas estão avançando desde o início do mês no sentido de criar um sistema unificado de certificação para garantir a origem da carne comercializada no mercado interno. Denominado G5, os cinco maiores frigoríficos do País (JBS, Bertin, Marfrig, Minerva e Frigol) se juntaram para harmonizar o processo de sustentabilidade na venda de carne no Brasil e buscar soluções em conjunto com o Greenpeace, Ministério da Agricultura, o Ministério Público Federal do Pará e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Em julho, a Abras decidiu que os supermercados associados à entidade passariam a cobrar de seus fornecedores uma certificação de origem da carne. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, o programa foi desenvolvido pela consultoria SGS e já está pronto. A apresentação oficial deve ser realizada em breve, mas, segundo o diretor executivo da Bertin, Fernando Falco, o processo vai envolver aspectos abordados no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre o Ministério Público do Pará com alguns frigoríficos, a Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica atrelada ao cadastro ambiental dos pecuaristas e o monitoramento por satélite.

Segundo Falco, a Abras está se propondo a não mais comprar carne dos frigoríficos que não seguirem os processos estabelecidos, o que permitirá um maior controle no setor. "A ideia é que o processo seja, num primeiro momento, educativo, para se tornar compulsório no futuro", afirma Falco, ao lembrar que o sistema será utilizado em toda a região do bioma amazônico, com objetivo de solucionar os problemas de desmatamento enfrentados pelos frigoríficos e pelos próprios varejistas.

Fonte: Agrolink