USDA quer garantia de carne brasileira

O representante do USDA afirmou que o Brasil ainda não apresentou os papéis necessários para se comprometer que evitará contaminações no futuro. Recentemente, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que o Brasil pretende retomar os embarques em breve, talvez em um mês. Mas autoridades do USDA declararam que ainda há uma série procedimentos que só podem ser realizados com os documentos do Brasil. O porta-voz do USDA Brian Mabry avisou que ainda é muito cedo para dizer quanto tempo o processo todo levaria.

Almanza declarou que, se o Brasil não tivesse interrompido as exportações voluntariamente, o USDA teria de fazê-lo. Toda a carne processada contaminada com ivermectina e que passou por recall teve origem em instalações brasileiras. Mas dados enviados do Brasil aos Estados Unidos mostraram que níveis do vermífugo considerados inaceitáveis foram identificados em muitas fábricas que embarcam produtos aos Estados Unidos.

Um porta-voz do USDA recordou que os americanos toleram 10 partes por bilhão de ivermectina, mas a contaminação da carne importada do Brasil era 65 vezes maior do que isso, com até 651 partes por bilhão. Embora não haja evidências de que a contaminação seja nociva aos consumidores - a droga pode até ser usada diretamente por seres humanos - "o USDA é diligente ao evitar resíduos indesejados na carne", de acordo com Almanza.

O Estado de S. Paulo

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