Associação Brasileira de Brangus

View Original

Vacinação contra Febre Aftosa começa nesta quarta-feira em Roraima

Roraima possui um rebanho de 760 mil cabeças de bovídeos e não registra a doença desde 2001. Segundo o diretor-presidente interino da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), Braz Behnck, o governo não tem medido esforços para atuar no combate à doença, pois, neste ano, o Estado tem a oportunidade de receber a certificação de zona livre, o que, apesar de não eximir os produtores do dever de imunizar o rebanho, permitirá exportar o gado local para os principais mercados compradores de carne.
Ele frisou que a doença está erradicada no Estado, mas que, aliado a isso, é necessária toda uma estrutura de defesa sanitária com capilaridade necessária para que qualquer ameaça possa ser combatida com rapidez. "A governadora Suely Campos tem tratado a defesa agropecuária com prioridade, tanto que autorizou a contratação de servidores para a Aderr e tem trabalhado na aquisição de veículos e de toda a infraestrutura para que possamos ascender de status e até chegar ao patamar de livre de Febre Aftosa [sem vacinação] ainda neste governo", pontuou.
Na avaliação do presidente da Cooperativa dos Produtores de Carne de Roraima (Coopercarne), Disney Mesquita, a aftosa é uma questão diretamente ligada à economia do Estado, motivo pelo qual influencia diretamente no desenvolvimento do Estado como um todo. "A erradicação da Febre Aftosa representa a abertura de novos mercados para que o produtor local não fique dependente apenas da exportação para o Amazonas. É a garantia para que o nosso produto seja bem aceito em outros mercados", pontuou.
Vacinação
A vacinação é feita em um trabalho coordenado entre pecuaristas e o governo. Primeiramente, cada criador tem que fazer sua parte, que é vacinar todo o rebanho. As vacinas são comercializadas a R$ 1,70 em casas agropecuárias credenciadas pela Aderr em Boa Vista, Alto Alegre, Rorainópolis e São João da Baliza, o que deve ocorrer até o dia 30 de abril.
Depois da vacinação, o criador tem 15 dias para fazer a notificação, levando as notas fiscais das vacinas e todas as informações com as classificações dos animais, separados por idade, sexo, e outros dados na Unidade de Defesa Animal (UDA) mais próxima da propriedade dele. Essa notificação é essencial, pois, as informações prestadas são cruzadas com o banco de dados da agência a fim de verificar a evolução do rebanho de cada produtor em Roraima.
"A partir de então, entra a parte da Aderr, com as ações de fiscalização por meio de busca ativa daqueles que não vacinaram ou daqueles que vacinaram mas não notificaram", explicou o diretor de Defesa e Inspeção Animal, Vicente Barreto. Quem não vacinar, está sujeito a multa de R$ 1.040 mais R$ 65 para cada cabeça de gado não vacinada. Além disso, o criador ficará impedido de retirar a Guia de Transporte Animal (GTA), ficando impedido de movimentar as criações e fazer a comercialização.

Fonte: Folha de Boa Vista