Workshop Angus incentiva integração da pecuária

O IV Workshop da Carne Angus na Expointer 2007 apresentou a necessidade do setor reforçar a integração da cadeia produtiva da carne para promover o seu fortalecimento. Neste foco, a diretora do Programa Carne Angus Certificada, Vivian Pötter, mostrou a evolução e as características do programa de carnes da ABA, no envolvimento de todos elos da cadeia produtiva (associação de raça, produtor, indústria e varejo), que já certificou mais de 250 mil animais desde a sua criação, em 2003, e que integra 270 produtores. Vivian reforçou para o trabalho dos técnicos do programa que atuam diretamente nas plantas frigoríficas acompanhando a certificação, e garantindo a qualidade exigida pelo mercado comprador, e consumidor, além das bonificações que podem chegar até 11% do preço base da indústria. 

Representando a Associação Brasileiras das Indústrias Exportadores de Carne (Abiec), a gerente de marketing Andréa Veríssimo chamou atenção para as novas barreiras que o Brasil está enfrentando, no mercado externo, por ser muito competitivo no segmento. "Além de barreiras técnicas e sanitárias, temos que nos preocupar com a imagem", priorizou.

O chefe do Serviço de Sanidade Agropecuária da Superintendência Federal de Agricultura/RS, Bernardo Todeschini, destacou para a necessidade de aumentar a abrangência dos programas sanitários aos produtores. "As ações e os projetos de sanidade tem que ser focadas para atingir todos os pecuaristas, e ainda é preciso trabalhar na conscientização do criador que tenha o conhecimento que o mercado só irá para frente quando houver a responsabilidade de uma sanidade coletiva", firmou. Como um exemplo bem-sucedido do que pode ser adotado para o fortalecimento do setor, o presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Luis Alfredo
Fratti, apresentou as razões que diferenciam a pecuária do Uruguai no cenário da carne (o país exporta 450 mil toneladas de carne para os mercados mais exigentes como Estados Unidos, México e União Européia).

Fratti retratou como funciona o INAC, que existe há 40 anos, e, que envolve produtores, indústria e governo federal com a missão de integrar e fortalecer a cadeia produtiva. O instituto reúne dois executivos, nomeados pelo governo (representando os ministérios da agricultura e indústria), dois produtores e dois da indústria frigorífica. O controle de qualidade fica a cargo do conselho do INAC e da sanidade, do ministério. "Estamos conseguindo chegar nos principais países do mundo pela sanidade, para isso a campanha sanitária, aliada à rastreabilidade e certificação, é uma das fortalezas do Uruguai", evidenciou sobre a prioridade adotada. Outro diferencial é a informatização do sistema de abate repassado diretamente ao INAC. Há balanças eletrônicas, instaladas em todas plantas frigoríficas, que levam on-line todos os dados do processo ao instituto.

A conclusão do workshop ocorreu com "Painel: Cadeia da Carne no Brasil – Quem nos representa e para onde vamos?" que contou com a participação de representantes da Comissão de Pecuária de Corte da FARSUL Carlos Simm, do SICADERGS Ronei Lauxen e do SEBRAE Alessandra Loureiro de Souza. Os painelistas destacaram para a importância do diálogo e a coesão entre as entidades envolvidas na cadeia produtiva, tanto para a promoção dos mercados nacionais e internacionais, como para a execução de estratégia na área sanitária e de produção.

O Workshop foi aberto pelo presidente da ABA e pela diretora do Programa, respectivamente, José Paulo Dornelles Cairoli e Vivian Pötter na Casa RBS no Parque de Exposições Assis Brasil, quinta-feira (30/08) em Esteio/RS.

Fonte: Assessoria de Imprensa Angus

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