Baixa oferta faz preço da carne disparar nos frigoríficos

O ano começou com patamar elevado nos preços dos bovinos abatidos na indústria e na carne que chega ao consumidor, principalmente nos cortes de primeira. No Rio Grande do Sul, segundo especialistas de mercado, o quilo do boi vivo e o do rendimento da carcaça chegou a subir 20% entre fim de outubro de 2014 e o dia 21 deste mês.
As vendas ao exterior em 2014 comprovam que os volumes e receitas com carne bovina cresceram. A Fundação de Economia e Estatística (FEE) apontou, na semana passada, que o fluxo subiu 32% em volume (18,1 milhões de toneladas, ante 13,7 milhões de 2013) e 30,7% na receita, terminando o ano com US$ 74,5 milhões.
A carência de matéria-prima, cuja oferta mensal de janeiro e abril oscila entre 6% e 7% dos abates do ano, foi apontada pelo grupo Marfrig como a principal razão para fechar a unidade de Alegrete. Carne bovina sofreu reajuste de quase 30%, em Belém. O preço da carne bovina encerrou o ano de 2014 com alta expressiva na região metropolitana de Belém (PA): o quilo da carne de primeira custou em média, no mês de dezembro, R$ 18,25.
A pesquisa do Dieese aponta um aumento recorde no valor do produto alimentício nos 12 meses do ano passado, chegando a 27,71% de reajuste. A inflação calculada para o período ficou em 6,23%.
A expectativa ainda é de aumento nos preços neste mês de janeiro de 2015. No grupo da alimentação, a carne foi um dos maiores reajustes verificados de janeiro a dezembro de 2014, apesar da trajetória do preço do produto não ter sido uniforme.
O levantamento, feito em supermercados, açougues e mercados municipais, mostra que em dezembro de 2013 o quilo da carne bovina de primeira custava cerca de R$ 14,29. Em janeiro do ano passado, custou R$ 14,26; no mês seguinte saltou 8 centavos, e seguiu em alta até fechar o ano custando R$ 18,25. As carnes pesquisadas são coxão mole/chã, cabeça de lombo e paulista.

Fonte: AF News Análises

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