Brangus Mostra Ótima Relação Custo Benefício
A raça brangus prova a cada dia sua eficiência e adaptabilidade aos diversos ambientes. Por isso busco trabalhos científicos que possam comprovar estas qualidades já conhecidas pelos criadores de brangus. Este trabalho é a tese de mestrado de Soraia Marques Putrino e foi realizado em Pirassununga, SP pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo-USP.
O objetivo do trabalho foi estimar as exigências de proteínas e energia necessárias para o ganho de peso de animais das raças Brangus e Nelore por meio do abate comparativo.
Foram comparados 56 animais de oito meses, sendo 28 de cada raça, machos, inteiros e com peso inicial de 210Kg (brangus) e 214Kg (nelore). Estes animais estavam em regime de pasto antes do confinamento para o teste. Quatro animais de cada grupo foram abatidos no primeiro dia do experimento para haver um comparativo inicial de cada raça.
Os animais foram confinados por 145 dias em grupos escolhidos por sorteio que receberam dietas contendo 20, 40, 60 e 80% de concentrado após o período de adaptação. As pesagens (com os bovinos em jejum por 18h) eram a cada 28 dias e na fase final do experimento passaram a ser realizadas a cada 14 dias. Havia também a coleta de fezes para estimar a digestibilidade (o quanto um animal perde nas fezes da alimentação recebida) de cada grupo. Ao fim dos 145 dias todos os animais foram abatidos com os mesmos padrões.
Os resultados foram:
1) O Coeficiente de Digestibilidade (o quanto um animal realmente aproveita daquilo que consome) se manteve alto na raça brangus mesmo nas dietas com proporções extremas de concentrado. Isso significa que o brangus é um bovino que se adapta muito bem em regimes que buscam o máximo ganho de peso em tempo mínimo;
2) A média de peso final dos animais foi de 400Kg para o brangus e 361Kg para o nelore. O ganho de peso diário foi significativamente diferente entre as raças com as maiores médias para o brangus;
3) A carne brangus possui maior teor de extrato etéreo (lipídios), o que lhe confere maciez e sabor superiores;
4) O brangus necessitou de menos proteína (0,160 Kg para converter em um Kg de peso) para atingir a terminação em relação oa nelore (0,188 Kg / Kg de peso vivo). Pode-se concluir que é mais barato terminar um brangus (que come mais energia) do que um nelore que precisa de mais proteína na ração;
5) Os maiores ganhos foram obtidos para o brangus no grupo alimentado com 40% de concentrado e no nelore para o grupo alimentado com 60% de concentrado. Isso reforça a idéia de que é mais barato terminar um brangus do que um nelore.
Com todos estes dados podemos classificar o brangus como uma das melhores opções para ganho de peso e melhor custo benefício para o prudutor.
Para ter acesso ao trabalho na íntegra solicite pelo e-mail assessoria@brangus.org.br
Assessoria Brangus